Rádio Câmara

Nota técnica da consultoria legislativa da Câmara dos Deputados analisa a evolução da distribuição do financiamento eleitoral entre as mulheres candidatas. A consultora Ana Luiza Backes, autora do estudo, lembra que desde 1995 os partidos devem reservar um percentual de vagas nas eleições proporcionais para mulheres, mas a obrigatoriedade de distribuição de recursos eleitorais também de forma proporcional, na eleição nacional de 2018, provocou um impacto positivo na visibilidade e na eleição de mais mulheres para a Câmara Federal, mas também para as assembleias legislativas e câmaras de vereadores.

A consultora da Câmara também aponta que outro fator para a eleição de mais mulheres é o aumento da mobilização feminina em torno da política, e comemora ainda que entre os candidatos às câmaras municipais com idade entre 18 e 21 anos, há mais mulheres do que homens, na busca pelo cargo de vereador, que representa o começo de grande parte das carreiras políticas. O crescimento do interesse, segundo Ana Luiza Backes, também poderá ampliar a participação das mulheres nas instâncias decisórias de seus partidos.

E, na visão da consultora, a efetiva destinação dos recursos para as mulheres e também o fim das chamadas candidaturas laranja, registradas apenas para o cumprimento da cota de candidaturas femininas, têm sido fiscalizadas e acompanhadas pela Justiça, pela imprensa e também na própria Câmara, através da Secretaria da Mulher.

Apresentação – Marcio Achilles Sardi

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