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Uma em cada quatro mulheres brasileiras não tem acesso a saneamento básico, revela estudo

24/10/2018 - 09h00

  • Uma em cada quatro mulheres brasileiras não tem acesso a saneamento básico, revela estudo

Uma em cada quatro mulheres brasileiras não tem acesso adequado à água tratada, coleta e tratamento de esgoto. É o que aponta estudo do Instituto Trata Brasil, em parceria com a BRK Ambiental.

O relatório, que faz parte da campanha “Outubro Rosa”, voltada à atenção à saúde da mulher, também revela que a universalização dos serviços de água e esgoto tiraria, imediatamente, 635 mil mulheres da pobreza. Outra conclusão do estudo é que as mulheres sem acesso a saneamento têm o aprendizado escolar prejudicado e a tendência é que elas ocupem cargos menos relevantes no mercado de trabalho; além de, muitas vezes, acabarem perdendo renda, quando autônomas.

Para comentar pontos do levantamento, intitulado “O saneamento e a vida da mulher brasileira”, o Painel Eletrônico convidou o presidente-executivo do Instituto Trata Brasil, Edison Carlos.

Na entrevista, ele defendeu a privatização do saneamento básico onde o setor público não consegue atender o cidadão, a exemplo de algumas cidades no Espírito Santo, onde foram feitas parcerias público-privadas na área.
Segundo o Instituto Trata Brasil, apenas 45% do esgoto gerado no país passa por tratamento. Outros 55% são despejados diretamente na natureza, o que corresponde a 5,2 bilhões de metros cúbicos, por ano, ou quase 6 mil piscinas olímpicas de esgoto por dia.

Em 2016, mais de 83% da população era abastecida com água potável, e 17% – ou seja, 35 milhões de pessoas – ainda não têm acesso ao serviço. Para o Instituto Trata Brasil, se o governo não fizer mais investimento e priorizar a área, a universalização dos serviços de saneamento prevista para ser atingida até 2033 não será atingida nem em 2050.

Apresentação - Edson Junior e Elisabel Ferriche

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