Primeiros Parágrafos
Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez
21/02/2018 - 15h35
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Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez
“Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo. Macondo era então uma aldeia de vinte casas de pau a pique e telhados de sapê, construídas na beira de um rio de águas diáfanas que se precipitavam por um leito de pedras polidas, brancas e enormes como ovos pré-históricos. O mundo era tão recente que muitas coisas careciam de nome e para mencioná-las era preciso apontar com o dedo. Todos os anos, pelo mês de março, uma família de ciganos esfarrapados plantava a sua tenda perto da aldeia e, com um grande alvoroço de apitos e tímbalos, mostrava as novas invenções.”
Narração - Luiz Cláudio Canuto