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Momento O Eco: 41% do lixo produzido em 2014 não teve destinação final adequada, diz Abrelpe

03/08/2015 - 10h12

  • Momento O Eco: 41% do lixo produzido em 2014 não teve destinação final adequada, diz Abrelpe

Há um ano, no dia 3 de agosto, entrou em vigor a lei que prevê o fim dos lixões a céu aberto. Em teoria, os municípios que não se adequassem a ela poderiam ser processados. No mundo real, o Senado aprovou, no começo de julho, um projeto de lei que prorroga o prazo para o fim dos lixões até 2021.

Os senadores ouviram os apelas da Confederação Nacional de Municípios e consideraram os quatro anos para se adequar à lei insuficientes, devido às desigualdades entre os 5.570 municípios do país.

O projeto, agora, está sendo analisado pela Câmara dos Deputados. E os números sobre o setor são ruins. A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, a Abrelpe, divulgou um panorama da situação em 2014. A pesquisa levantou dados de 400 municípios de todo o país e mostrou que a situação do lixo não mudou muito, apesar da vigência da lei.

Em 2014, foram geradas 78 milhões de toneladas de resíduos sólidos no país, e quase 30 milhões delas, ou 41% desse total, foram dispostas em lixões ou lixões remediados, locais totalmente inadequados. Segundo a Abrelpe, cerca de 80 milhões de brasileiros ainda não têm acesso a tratamento e destinação final adequada do lixo. E mais de 20 milhões de pessoas sequer dispõem de serviços de coleta – o lixo, simplesmente, não é coletado.

Ainda de acordo com a entidade, os serviços de infraestrutura e coleta têm crescido muito lentamente frente ao aumento da demanda. Para se ter uma ideia, de 2003 a 2014, a geração de lixo aumentou cerca de 30%, índice cinco vezes maior que a taxa de crescimento populacional do mesmo período, que foi de 6%.

Apresentação – Eduardo Pergurier

Programa ao vivo com reportagens, entrevistas sobre temas relacionados à Câmara dos Deputados, e o que vai ser destaque durante a semana.

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