Rádio Câmara

Reportagem Especial

MMA: saiba mais sobre o esporte que cresce em popularidade

26/05/2012 - 15h17

  • MMA: saiba mais sobre o esporte que cresce em popularidade (bloco 1)

  • MMA: a regulamentação do esporte e os cuidados com o atleta (bloco 2)

  • MMA: a polêmica em torno da proposta que proíbe a transmissão pela TV (bloco 3)

  • MMA: a popularização do esporte e a opinião de especialistas (bloco 4)

 Projeto que proíbe a transmissão de MMA pelas emissoras de TV abertas e fechadas provoca polêmica.
O esporte, um dos que mais crescem no país, é o tema de uma série especial que a Rádio Câmara transmite a partir de hoje. Neste primeiro capÍtulo, você vai conhecer mais o MMA, esporte que divide corações e mentes.

TEXTO

Pegue um pouco de caratê. Misture com Muay thai, taekwondo, jiu-jitsu, judô, boxe e outros tipos de luta. O resultado é o MMA, a sigla em inglês para Artes Marciais Mistas. O esporte divide opiniões.

Começou com o vale-tudo, eventos em que os irmãos Gracie queriam provar a superioridade do jiu-jitsu sobre as demais lutas marciais. E as regras desse combate eram bem mais livres, como conta o mestre de Jiu-jitsu, Rolker Gracie.

"Era mais técnico, mais técnico, você vê os meus irmãos, meu pai, algumas lutas do meu pai, algumas lutas do meu primo Carson, as lutas do Royce todas, as lutas do Ricson todas, eles ganhavam na técnica, não precisavam usar do recurso físico pra ganhar."

Com o tempo, o MMA foi ganhando normas mais rígidas. Tornou-se menos permissivo, mais aceito socialmente e caiu no gosto popular. No Japão, o evento era o Pride, que reunia lutadores de todo o mundo. Arrastava multidões para os ginásios e pra frente da TV. O lutador Rodrigo Minotauro lembra que os brasileiros já eram lendas por lá.

"Eu lutei no Estádio Nacional de Tóquio pra 108 mil pessoas, a Fuji TV, a maior TV japonesa transmitia ao vivo. Chegou uma época no reveillon que os dois maiores canais de televisão do Japão estavam transmitindo MMA no mesmo dia, entendeu, na meia-noite, na virada do ano."

O Pride não existe mais. Foi comprado pelo UFC, que é hoje o maior e mais bem organizado evento de MMA do planeta. Um negócio de dois bilhões de dólares. Os combates que atraem multidões são transmitidos ao vivo para dezenas de países, inclusive o Brasil. E por aqui, de acordo com o lutador Rafael Feijão, o esporte chegou com uma força avassaladora.

"Realmente me impressionou muito, né... Só que a gente já tinha essa base, né, nos Estados Unidos. Eu luto só lá fora, então, eu já vinha vendo isso há muito tempo. O meu sonho era que isso chegasse no Brasil e, graças a Deus, está chegando e muito forte, né, e tem até gráficos aí dizendo que já vai passar o futebol daqui a 3 a 4 anos, né, então, do jeito que vem vindo eu acho que com certeza vai passar. É um esporte muito versátil, né? Ele deixou o boxe pra trás, ele deixou o vôlei, então todos os esportes no Brasil ficaram pra trás do MMA hoje. É um esporte muito versátil, o cara tá ganhando daqui a dois segundos ele perde a luta, então é o que o brasileiro gosta."

O sociólogo Luiz Otávio Assumpção alega que a violência, no MMA, é restrita.

"O esporte ele é uma simulação de violência nesse sentido. Ah, como simulação se as pessoas estão violentas ali? É uma simulação, quando aquilo acaba, terminou. Quer dizer, acabou, não tem ódio entre a gente, não. Dá um abraço um no outro. Quantas vezes acaba a luta, dá um abraço no outro? Isso aqui não tem ódio. Isso aqui é uma competição sublimada, nós estamos aqui colocando pra fora os nossos lados instintivos mas sob controle."

Apesar da polêmica, o MMA é apontado por especialistas como o esporte que mais cresce em todo o mundo.

De Brasília, Cláudia Brasil.

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