Rádio Câmara

Reportagem Especial

Tecnologia - Bloco 4 (05'07")

18/08/2008 - 00h00

  • Tecnologia - Bloco 4 (05'07")

NA TERCEIRA MATÉRIA DA SÉRIE ESPECIAL SOBRE AS PROFISSÕES QUE ESTÃO EM ALTA NO BRASIL, VAMOS ABORDAR AQUELE SETOR QUE ESTÁ PRESENTE EM TODA A PARTE, A TECNOLOGIA. ACOMPANHE COM A REPÓRTER MARISE LUGULLO.

Jogos eletrônicos são o passatempo preferido de crianças, adolescentes e até mesmo de muitos marmanjos. Mas, para Laís Xavier, videogame é coisa séria. Foi na Faculdade de Ciência da Computação da Universidade Federal de Pernambuco que ela começou a ver nos jogos seu futuro profissional. Antes mesmo de se formar, ela começou a trabalhar em uma empresa de design de games. Hoje, aos 25 anos de idade, apenas dois de formada, Laís já tem sua própria empresa, aberta com outros quatro sócios. A firma desenvolve tecnologia educacional; não apenas jogos, mas também videoaulas, treinamentos para funcionários, entre outras coisas. Seus clientes são empresas, escolas e universidades. Laís Xavier está feliz da vida com a área que abraçou.

"Eu acho que é bem promissora, até porque tem muita gente para educar e pouca gente que tem habilidade para fazer essa educação, porque tem muita gente. Então, custa muito caro e fica muito complicado pra você conseguir educar tanta gente em um tempo hábil. E, através de jogos educativos, a gente consegue pegar uma gama maior de pessoas."

Já existe até curso superior de design de games. Sérgio Nesteriuk professor da Universidade Anhembi Morumbi, de São Paulo,
atesta que o aumento pelo curso aumenta a cada ano. Atualmente, já são 230 alunos. Segundo Sérgio, o mercado para o designer de games no Brasil está em franca expansão.

"Já existe uma associação, que é a Abragames, Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Games. É uma mídia nova que tem despertado muito interesse de vários setores, não só de entretenimento. A gente observa que tem uma demanda muito grande também por games em áreas como educação, treinamento, publicidade até medicina."

A jovem empresária Laís Xavier afirma que quem escolheu ser designer de games fez um grande negócio.

"Todas as pessoas que se formaram comigo hoje estão empregadas e bem empregadas. Alguns abriram empresas e outros estão empregados de uma forma bem legal. Hoje a gente está precisando contratar gente para a nossa empresa, mas está difícil porque a maioria das pessoas que tem o perfil que a gente quer já está empregada. Então, a gente precisa formar profissionais para poder contratar."

O profissional de Ciência da Computação é cada vez mais procurado no mercado de trabalho, tanto por empresas que desenvolvem tecnologia como por aquelas que precisam da tecnologia para se desenvolver. Pérola Lucente, coordenadora de Recrutamento da Manager Assessoria em Recursos Humanos, confirma o aquecimento da área de tecnologia da informação.

"É uma área que vem crescendo até por conta da necessidade dos próprios processos, da evolução das empresas. Então, você percebe que os profissionais têm tido uma oportunidade muito grande, seja o profissional que está iniciando, seja aquele que já tem tempo de casa e, de repente, já é considerado, por exemplo, um sênior dentro da função. Então, você percebe que existem grandes oportunidades aí."

No comércio, na indústria, na área de serviços, a informática está em toda a parte nos dias atuais.
E o fato de deter conhecimentos específicos faz com que os salários dos profissionais da área de tecnologia da informação sejam muito atraentes, segundo Pérola Lucente.

"A especialização deles é que demanda o valor da sua contratação. Então, por exemplo, você vai para o mercado buscando um chefe de sistemas com conhecimento específico, que para a sua empresa é importante, para o seu processo produtivo, para o seu serviço, ele é tão específico dentro desse mercado que muitas vezes as empresas são obrigadas a pagar o que eles pedem e não o que elas têm para oferecer."

Levantamento feito pela Manager Assessoria em Recursos Humanos mostra que o menor salário na área de Tecnologia da Informação, ao final do ano passado, era de mil 681 reais, para um operador de computador júnior. Já o mais alto, de gerente de telecomunicações, chegava a pouco mais de 23 mil reais.

De Brasília, Marise Lugullo

AMANHÃ, NA ÚLTIMA REPORTAGEM DA SÉRIE SOBRE AS PROFISSÕES EM ALTA NO BRASIL, CONHEÇA AS DICAS PARA A ESCOLHA DE UMA CARREIRA.
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