Rádio Câmara

Reportagem Especial

Profissões em alta - Bloco 1 (04'02'')

18/08/2008 - 00h00

  • Profissões em alta - Bloco 1 (04'02'')

O CRESCIMENTO DA ECONOMIA BRASILEIRA NOS ÚLTIMOS ANOS TEM SE REFLETIDO NA GERAÇÃO DE EMPREGOS. DADOS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO REVELAM QUE NO PRIMEIRO SEMESTRE DESTE ANO FORAM CRIADOS UM MILHÃO E TREZENTAS MIL NOVAS VAGAS COM CARTEIRA ASSINADA. A SÉRIE DE REPORTAGENS ESPECIAIS DESTA SEMANA FALA DE ALGUMAS PROFISSÕES QUE ESTÃO EM ALTA.

NESTA PRIMEIRA MATÉRIA, A REPÓRTER
MARISE LUGULLO REVELA QUE TIPO DE PROFISSIONAL O MERCADO DE TRABALHO PROCURA.

Quando se fala no prazer proporcionado pela comida, em geral o que vem à nossa mente está relacionado ao paladar. Para Talita Paraíso Garcia, porém, esse prazer tem outro significado. Em 2006, ela entrou na Faculdade de Nutrição, mas por motivos financeiros teve que trancar a matrícula. Decidida a trabalhar na área de alimentação, ela começou a fazer um curso de processamento de alimentos no Senai. No curso gratuito, com a duração de dois anos, aprendeu sobre higiene na manipulação, segurança no trabalho, composição química das frutas e hortaliças, boas práticas de produção e muitas outras coisas. Fez estágio na área de qualidade em uma indústria de doces e salgados e se apaixonou pelo trabalho. Perto de se formar, Talita acredita que não terá dificuldades para se encaixar no mercado.

Sonora: "As empresas estão preocupadas com a produção e não têm tempo de ver a qualidade. Então, ter profissionais que só visam essa área é muito importante."

Talita está certa. Um estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com o Sebrae e supervisão técnica da Fundação Getúlio Vargas, apontou a área de produção, conservação e de qualidade em alimentos como uma das mais valorizadas atualmente. O estudo analisou 128 profissões com as melhores chances até o ano de 2015. O levantamento incluiu desde profissões de nível básico até as de nível superior. E constatou que estão em alta, entre outras, as áreas de petróleo, engenharia ambiental, ciência da computação, construção civil e manipulação farmacêutica.

Aos 22 anos, a futura técnica em processamento de alimentos Talita Garcia espera saborear os frutos do curso escolhido.

Sonora: "Eu acho que só depende de mim, porque curriculum eu vou ter, conhecimento também. Só vai depender da minha força de vontade de estar correndo atrás."

Segundo Luciana de Sá, diretora de Desenvolvimento Econômico do sistema Firjan, 80% das 415 empresas ouvidas em todo o país
projetaram aumento do mercado de trabalho para os próximos sete anos. Luciana alerta, porém, que o mercado está cada vez mais exigente quanto ao nível de instrução do trabalhador.

Sonora: "Mesmo para os trabalhadores alocados no chão de fábrica não é suficiente só ter o ensino médio. As empresas esperam que no futuro o nível de instrução para o trabalhador de chão de fábrica deve ser, no mínimo, uma formação técnica ou curso superior, ou seja, há realmente uma demanda por um aumento de qualificação e formação técnica."

A mesma tendência foi identificada pelo pesquisador Carlos Henrique Corseuil, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea.

Sonora: "A tendência é de a parcela mais qualificada da mão-de-obra ocupar um espaço cada vez maior entre os empregados. Então, a primeira lição que fica é que, independentemente do setor de atividade ou da ocupação propriamente dita em que o trabalhador pretende se encaixar, construir uma carreira, a qualificação tem sido um ponto fundamental pra ele ter essa inserção no mercado de trabalho."

De Brasília, Marise Lugullo

NA EDIÇÃO DE AMANHÃ DA SÉRIE ESPECIAL SOBRE AS PROFISSÕES EM ALTA NO BRASIL, CONHEçA AS HISTóRIAS DE QUEM TRABALHA OU SE PREPARA PARA TRABALHAR NA CONSTRUçãO CIVIL, UMA DAS VEDETES DA ECONOMIA ATUALMENTE.

A abordagem em profundidade de temas relacionados ao dia a dia da sociedade e do Congresso Nacional.

De segunda a sexta, às 3h, 7h20 e 23h