Rádio Câmara

No final de abril, o Supremo Tribunal Federal realizou uma sessão histórica: foi a primeira audiência pública da Corte. Os ministros ouviram, durante o dia inteiro, opiniões de especialistas contra e a favor da utilização de células-tronco embrionárias para pesquisas. Isso porque existe uma ação questionando a constitucionalidade do artigo da lei de biossegurança que permitiu esse tipo de pesquisa. A pesquisa com células-tronco embrionárias utiliza embriões congelados, frutos de fertilização in vitro, desde que com a permissão dos pais, depois de 3 anos de congelamento, ou que sejam inviáveis. Os contrários às pesquisas dizem que esses embriões são simplesmente assassinados. Os favoráveis à pesquisa alegam que as células-tronco embrionárias são a única esperança de cura para uma série de doenças, como o mal de Parkinson, por exemplo. O debate do STF tentou tirar a dúvida: quando começa a vida? A jornalista Adriana Magalhães vai conversar com a médica Alice Teixeira Ferreira, que é professora de biofísica da Universidade Federal de São Paulo, e contrária às pesquisas. Vamos receber também Rosália Mendez Otero, professora titular de Biofísica e Fisiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que defende as pesquisas.