Rádio Câmara

Palavra de Especialista

Ortotanásia - Parte 02

06/12/2006 - 00h00

No início do mês, o Conselho Federal de Medicina aprovou uma resolução que permite aos médicos interromper o tratamento que prolonga a vida dos doentes em estado terminal e sem chance de cura, o que é chamado de Ortotanásia. Os médicos argumentam que o procedimento não tem nada a ver com a eutanásia, pois não é o caso provocar diretamente a morte do paciente. Com a ortotanásia, os médicos não vão mais insistir em procedimentos que só prolongariam por dias ou semanas a vida de um paciente prestes a morrer. Isso tudo, com o consentimento do próprio paciente ou dos familiares e garantindo todos os cuidados necessários para alívio do sofrimento. A decisão já provocou reações na sociedade. O ministério público quer questionar na justiça a medida. Por outro lado, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB – divulgou nota favorável à ortotanásia, citando um texto de João Paulo II, de 1995. No texto, o Papa dizia que, quando a morte se anuncia iminente e inevitável, pode-se em consciência renunciar a tratamentos que dariam somente um prolongamento precário e penoso da vida. No Palavra de Especialista, a jornalista Adriana Magalhães vai conversar com o diretor do Conselho Federal de Medicina, Roberto D´ávila sobre o assunto. Ele faz parte da Câmara Técnica sobre a Terminalidade da Vida, que elaborou o parecer do CFM.

Semanalmente, um repórter conversa com um especialista sobre os mais variados temas.