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A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados faz nesta terça-feira (17) uma audiência pública para debater os impactos da automedicação e a importância da assistência farmacêutica. A discussão foi solicitada pela deputada Alice Portugal (PCdoB-BA).

Em entrevista ao Painel Eletrônico (17), a parlamentar alertou para os riscos da intoxicação por medicamentos quando utilizados sem orientação médica ou farmacêutica. Alice Portugal, que é farmacêutica, disse que a ideia da audiência surgiu no contexto de um interesse crescente do setor supermercadista em vender medicamentos.

“Lugar de medicamento é na farmácia e com a orientação de um farmacêutico para o cumprimento do receituário médico, quando ele for necessário. E quando não houver necessidade, a prescrição farmacêutica se dá sobre os medicamentos isentos de prescrição. Por isso mesmo, os impactos dos medicamentos sobre a saúde diminuem, porque nós queremos atingir o alvo, que é aquele mal que acomete o paciente, e não é construir um dano global a sua saúde,” defendeu.

“Então, a venda de medicamentos em supermercados gerará um aumento exponencial da automedicação, sendo que hoje nós temos a estatística de que 80% dos envenenamentos caseiros se dão a partir do uso de drogas lícitas, de medicamentos usados errado em casa. Então, o medicamento é um princípio ativo, é uma droga e, evidentemente, tem que ser usado sob supervisão de um médico e orientação e assistência de um farmacêutico”, completou a deputada.

Foram convidados para a audiência pública sobre os riscos da automedicação, na Comissão de Saúde, representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); do Ministério da Saúde; do Conselho Federal de Farmácia; da Federação Nacional dos Farmacêuticos; da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias; e da Universidade Federal de Santa Catarina. O debate começa a partir das 17h e será transmitido ao vivo pelo canal da Câmara do Youtube.

Apresentação - Ana Raquel Macedo