Painel Eletrônico
Consultor diz que objetivo da declaração final do Fórum Parlamentar do BRICS é chegar a “um mínimo denominador comum”
04/06/2025 - 08h00
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Entrevista – consultor Acauã Leotta
O consultor da Câmara Acauã Leotta diz que o objetivo da declaração final conjunta, que deve ser assinada amanhã, no Fórum Parlamentar do BRICS, é “chegar a um mínimo denominador comum”. Ele explica que o BRICS é um agrupamento informal e, portanto, não há votação nem quórum para a provação do documento final. Se não houver consenso, não haverá declaração conjunta ou, se mesmo assim houver, ela vai explicitar os países que não estão de acordo com ela.
No encontro do P20, fórum parlamentar dos países do G20, em novembro do ano passado, por exemplo, a Argentina – que estava trocando de governo - não quis assinar a declaração final. Mas Acauã diz que não vê isso acontecer agora, no fórum do BRICS. Ele ressalta que até mesmo países parceiros, que não são membros oficiais do grupo, já declararam a intenção de participar do comunicado final.
Acauã ressalta a importância destes parceiros, que nem sempre estão no mesmo nível de desenvolvimento dos membros oficiais, mas que querem participar do grupo como membros oficiais e permanentes. “É um passo para a expansão do BRICS”, afirma. São 9 os países parceiros: Belarus, Bolívia, Cuba, Uganda, Nigéria, Malásia, Tailândia, Uzbequistão e Cazaquistão.
O consultor acredita que as reivindicações das parlamentares do BRICS, que se reuniram ontem, também serão contempladas no documento final. Um dos pontos é sobre a governança do IA (Inteligência Artificial), para eliminar preconceitos de gênero nos algorítmos.
Acuã Leotta lembra que o “documento zero”, que serve de base para a discussão das delegações, começou a ser elaborado pela Câmara e pelo Senado em abril. O documento final, que deve ser assinado amanhã, será encaminhado para a cúpula dos chefes de Estado do BRICS, marcada para julho, no Rio de Janeiro.
Apresentação Ana Raquel Macedo e Joubert CArvalho