Painel Eletrônico

Às vésperas do Dia Mundial Sem Tabaco, 31 de maio, deputada alerta para malefícios do cigarro eletrônico

30/05/2025 -

  • Entrevista - Dep. Flávia Morais (PDT-GO)

Em entrevista ao Painel Eletrônico às vésperas do Dia Mundial Sem Tabaco, 31 de maio, a deputada Flávia Morais (PDT-GO) alertou para os malefícios do cigarro eletrônico. A parlamentar esteve à frente de uma sessão no Plenário da Câmara nesta semana marcada para lembrar a data.

Flávia Morais lembrou que uma política bem sucedida no Brasil de controle do tabaco, com legislação que restringe a propaganda do cigarro e proíbe o fumo em locais fechados, permitiu uma redução grande do número de fumantes tradicionais. Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, atualmente 9% da população adulta fuma o cigarro comum, contra 37% na década de 80.

Hoje o maior desafio é controlar a utilização do cigarro eletrônico, especialmente entre os jovens. O dispositivo é proibido por normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas não por lei; o que precisa mudar, na avaliação de Flávia Morais.

“Tem um projeto (PL 4888/23) da deputada Gisela Simona (União-MT) (União-MT) que proíbe o armazenamento, a comercialização, a industrialização do cigarro eletrônico aqui no Brasil. Alguns acham essa lei muito dura, eu não concordo. Eu acho que o Brasil está preparado para isso. Hoje o Brasil é exemplo para o mundo no combate ao cigarro. A gente percebe que o brasileiro fuma muito menos do que em outros países e nós não podemos deixar que aconteça um retrocesso em relação aos cigarros eletrônicos,” defendeu.

Flávia Morais disse que é preciso intensificar campanhas educativas sobre os malefícios do cigarro eletrônico, que erroneamente são considerados menos nocivos. Por sugestão da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a deputada apresentou um projeto (PL 2652/25) que obriga os serviços de saúde a comunicarem a ocorrência da EVALI, doença caracterizada por lesões pulmonares causadas pelo cigarro eletrônico.

“Hoje a EVALI ainda é subnotificada, porque muitas vezes os médicos estão ali procurando a pneumonia, outro tipo de problema respiratório. Então, com a notificação, vamos ter os números, os dados e mostrar para a população, confirmar os males que os cigarros eletrônicos têm causado. É assustador. A comunidade científica, alguns médicos que tratam disso, eles têm nos informado que têm encontrado jovens com aspecto clínico de pessoas com 70, 80 anos. E é por causa da utilização do cigarro eletrônico”, alertou a parlamentar.

Flávia Morais também é autora de projeto (PL 949/24) que cria o Plano Nacional de Atenção à Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC). Segundo ela, 85% dos pacientes com DPOC têm histórico de fumo.

Apresentação – Ana Raquel Macedo

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