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O relator da proposta que cria a Política e o Plano Nacional da Juventude e Sucessão Rural (PL 9263/2017), deputado Zé Silva (Solidariedade-MG), disse que o jovem precisa ter acesso à terra e a serviços públicos para permanecer no campo. Em entrevista ao Painel Eletrônico nesta quinta-feira (24/4), o parlamentar destacou que, na década de 70, o campo concentrava 85% da população e a cidade, 15%. Hoje o número se inverteu.

“Com isso, as cidades não cresceram, elas incharam. E o que acontece é que o país mata a sua juventude. E juventude, quando nós estamos falando aqui, é de 16 a 29 anos,” disse.

Zé Silva informou que a Política Nacional de Juventude e Sucessão Rural está baseada em pilares como acesso à terra, assistência técnica, habitação, cultura, lazer, esporte, mobilidade, conectividade e canais de comercialização de produtos. A proposta prevê também um comitê gestor para atualizar o plano conforme as leis orçamentárias.

Em dezembro passado, o governo federal lançou um Plano Nacional de Juventude e Sucessão Rural, com o objetivo de articular políticas públicas de promoção do desenvolvimento sustentável nas áreas rurais e melhorar a qualidade de vida das juventudes no campo. Para Zé Silva, ainda que haja um plano em curso, é importante votar uma lei sobre o assunto.

“E tendo uma lei, no mínimo, para ela ser mudada, ela tem que ser debatida no Congresso Nacional. E no Congresso Nacional as demandas legítimas são debatidas. Então, por isso que, além do plano que o governo lançou, é fundamental o projeto,” defendeu o deputado.

Zé Silva informou que a proposta de uma Política Nacional de Juventude e Sucessão Rural está sendo negociada com parlamentares de oposição e governo. Segundo ele, a expectativa é que, até a segunda semana de maio, o texto seja colocado em votação no Plenário da Câmara.

Apresentação - Ana Raquel Macedo