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O relator do Orçamento de 2025, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), diz que a lei orçamentária aprovada pelos parlamentares na última semana é a mais próxima da realidade possível. Desde agosto do ano passado, o texto foi sendo negociado e ajustado conforme novas regras para gastos públicos, acordos sobre emendas parlamentares e parâmetros macroeconômicos de juros e inflação. Ainda assim, o senador diz que são necessários e naturais ajustes na peça orçamentária ao longo do ano.

Em entrevista ao Painel Eletrônico, Ângelo Coronel deu o exemplo do programa Pé de Meia, de bolsas para estudantes do Ensino Médio. Após acordo com o Tribunal de Contas da União, o governo ganhou prazo de quatro meses para indicar como atender o programa em 2025. No orçamento, foi destinado apenas R$ 1 bilhão para o Pé de Meia, mas já se sabe que serão necessários, pelo menos, R$ 12 bilhões.

“O governo vai enviar PLNs ao longo desses 120 dias para fazer paulatinamente essa entrada de recursos no Orçamento que não estava prevista no total; só tinha R$ 1 bilhão. Então, o programa Pé de Meia, um programa que eu acho que é de sucesso, e não irão faltar recursos para fazer frente a um programa tão importante dessa natureza.”

O senador enfatizou que “orçamento não é pagamento; mas previsão. (...) Quando você tem uma economia com inflação zero, uma economia em que o dólar não seja flutuante, em que os juros não são altos, você planeja com mais com mais exatidão. Mas não é o nosso caso e nós temos que fazer ajustes durante o ano todo de 2025 para fazermos essas equações necessárias para o crescimento do Brasil.”

Apresentação – Ana Raquel Macedo