Programas da Rádio Câmara

O plenário da Câmara poderá votar nesta semana proposta que cria a Estratégia Nacional de Saúde. O projeto concede incentivos à indústria brasileira de equipamentos, insumos e materiais médico-hospitalares para fortalecer o parque industrial do país, garantindo a autossuficiência na área da saúde. Um dos autores do texto, o deputado Dr. Zacharias Calil (União-GO), lembra que a dependência e a fragilidade do setor foram expostas durante a pandemia do Covid-19 (2019-2021). “Faltaram itens essenciais, como ventiladores pulmonares”, lembra.

Ao fazer um raio x da indústria da saúde, o deputado diz que a dependência do Brasil é muito grande na área de imagens, com equipamentos como tomografia e ressonância magnética. Faltam ainda, segundo ele, máscaras e ventiladores pulmonares, por exemplo. “Se houver outra pandemia, vamos enfrentar as mesmas dificuldades”, prevê Zacharias Calil. Como experiência positiva, ele destaca o polo de saúde de Anápolis (GO), que produz medicamentos.

Calil diz que o projeto prevê estímulos para a indústria da saúde, como incentivos fiscais e linhas de financiamento. “É preciso estimular a pesquisa e a inovação, para lançar produtos novos, além de gerar empregos qualificados”, diz. Segundo ele, essa política tem de ser implementada num prazo de 20 anos, pelo menos. “É uma política de longo prazo. Não adianta fazer nada por 5 ou 10 anos apenas”, explica.

Zacharias Calil diz que o projeto que cria a Estratégia Nacional de Saúde se baseia no plano para a indústria da Defesa, que começou em 2008. Essa política, segundo ele, também previa estímulos fiscais e linhas de crédito.

Apresentação - Mauro Ceccherini