Rádio Câmara

Projeto de lei inclui pessoas com deficiência nos censos demográficos do IBGE. A proposta original incluía apenas síndrome de down e transtorno de espectro autista, mas foi ampliada durante os debates na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, que aprovou o relatório final. O autor, deputado Duarte Jr (PSB-MA), que também é pai atípico, diz que o objetivo é aprimorar as políticas públicas destinadas a esses públicos, com foco na saúde, educação, trabalho e lazer.

Duarte Júnior afirma que a luta dessas pessoas é para sair da “invisibilidade”, para que tenham “uma vida digna”. “Para que sejam vistas, lembradas, atendidas, não como favor, mas como direito”, declara. “Um deficiente é uma pessoa como outra qualquer. Precisamos tratá-lo com respeito”, diz. “E precisamos dar condições para essas pessoas ingressarem no mercado der trabalho. Muitas vezes, elas precisam apenas de uma oportunidade, um estímulo na hora certa”, prega. “A partir do momento em que se ‘enxerga’ uma pessoa, se respeita também”, conclui. Hoje, estima-se que haja 2 milhões de brasileiros com autismo e 300 mil pessoas com down, no Brasil, segundo dados do próprio IBGE. Com a inclusão no censo, diz Duarte Júnior, deixará de ser estimativa para virar um número preciso.

Segundo o deputado, “precisamos saber quem são essas pessoas, onde elas moram, se trabalham, quanto ganham – entre outras questões”. Duarte Júnior diz que esses dados são importantes até para auxiliar as famílias e garantir que as terapias e os remédios sejam providenciados. A proposta inclui a criação de um cadastro nacional, que seria compartilhado com outros órgãos públicos.

Apresentação – Mauro Ceccherini