Rádio Câmara

Subcomissão especial aprova relatório final após fiscalizar as ações de auxílio ao Rio Grande do Sul. Foram 5 meses de trabalho. A subcomissão realizou diligências e reuniões com comissões e órgãos, como o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-geral da União (CGU). O relator, deputado Tadeu Veneri (PT-PR), destaca que o Executivo e o Legislativo destinaram de R$ 40 bilhões a R$ 50 bilhões no total para a recuperação gaúcha, após as chuvas e inundações em abril e maio deste ano. O parlamentar estima que os prejuízos ao estado cheguem a quase R$ 90 bilhões. “Os recursos resolveram parte significativa das demandas”, segundo o deputado.

Mas Tadeu Veneri estima que o estado levará ainda de um a dois anos para se recuperar totalmente do desastre climático. A situação ainda é crítica”, resume. O parlamentar diz que é preciso recuperar rebanhos e plantações. “Há locais em que não sobrou nada: casa, rebanho, plantação. Perdeu-se tudo”, conta. Por essa razão, Tadeu Veneri destaca a importância de se investir em prevenção. As verbas federais foram usadas basicamente para reconstrução e para linhas de investimentos, que ajudaram produtores e empresários em dificuldades.

No relatório da sucomissão, Tadeu Veneri aponta falhas no sistema de drenagem e na limpeza de bueiros que, espera, não se repitam mais. As bombas de contenção do rio Guaíba também não estavam funcionando quando as enchentes começaram. O deputado destaca que 22 mil famílias ficaram desabrigadas. Veneri lembra que o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, ficou mais de 6 meses fechado. Ele não descarta que as cheias voltem a se repetir no estado. “As chuvas no Rio Grande do Sul não podem ser consideradas uma exceção”, alerta. Ele afirma que os desastres climáticos estão correndo em ciclos mais curtos e com maior intensidade. Veneri cita a seca no Norte e no Pantanal, para exemplificar.

O deputado também critica a onda de fake news que atingiu o estado, mesmo na tragédia. Ela cita notícias falsas de que o governo federal estaria bloqueando estradas ou de que o executivo tenha recusado ajuda internacional. “Faz parte do contexto que vivemos, mas atrapalha no esforço de recuperação”, afirma Tadeu Veneri

Apresentação – Mauro Ceccherini