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Deputado Sidney Leite diz que o Brasil “não pode se dar ao luxo” de não explorar o petróleo na foz do rio Amazonas

27/11/2024 -

  • Entrevista - Dep. Sidney Leite (PSD-AM)

A possibilidade de exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, ao longo de 2 mil quilômetros de costa, é alvo de críticas de ambientalistas. Parecer técnico do Ibama recomendou, pela segunda vez, o indeferimento e o arquivamento do pedido de licença da Petrobras para perfurar na área. Nesta quarta-feira, a Comissão de Minas e Energia da Câmara realiza audiência pública para debater o tema.

O deputado Sidney Leite (PSD-AM) é favorável à exploração. Estima-se que o potencial da margem equatorial brasileira seja de 30 bilhões de barris de petróleo. Isso representa quase um terço dos 100 bilhões que as bacias de santos e campos ainda vão produzir. Leite argumenta que a exploração já é feita pela Guiana, país vizinho que, de acordo com ele, aumentou seu PIB em 40%. Leite diz ainda que a exploração acontecerá a 500 quilômetros da foz e será feita por uma empresa de expertise, que é a Petrobras. “O Brasil pode se dar ao luxo de abrir mão disso, de aumentar sua produção em 30%”, diz, lembrando que o país está – neste momento - às voltas com a discussão sobre um corte orçamentário.

Leite diz ainda que, se não pode explorar o petróleo da Amazônica, por questões ambientais, não poderia também explorar no litoral do Nordeste e do Sudeste. Sidney Leite falou que o Brasil “não pode abrigar dois países: um que pode e outro que não pode”. Ele reclama que a Amazônia apresenta os piores índices de cobertura de internet, de déficit de energia e de recursos para pesquisa. E defende a regularização fundiária dos pequenos produtores. “Não há incompatibilidade com a exploração do petróleo. A incompatibilidade é com a pobreza e com a ausência de políticas públicas”, argumenta.

O deputado diz que o mesmo debate aconteceu quando iniciaram a exploração do pré-sal. Ele se declara tranquilo com as demonstrações de “desconforto” do presidente Lula com a negativa do Ibama. Sidney Leite argumenta que ainda não há nenhum acordo, no mundo, estabelecendo um prazo para o fim da extração do petróleo, embora o consumo deva cair gradativamente.

Apresentação – Mauro Ceccherini

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