Programas da Rádio Câmara

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou o Informe Conjuntural relativo ao terceiro trimestre de 2024, que analisa os dados do primeiro semestre do ano. O destaque foi para a revisão da estimativa de alta do Produto Interno Bruto, o PIB, que passou de 2,4% para 3,4%. Mario Sergio Teles, superintendente de Economia da CNI, diz que o principal motivo da revisão foi o aumento do consumo e dos investimentos, que se mostraram mais fortes e surpreenderam positivamente.

O crescimento se deu nos setores de comércio e serviços, além da indústria, com destaque para a construção e a indústria de transformação. Em relação aos investimentos, a CNI projeta um aumento de 5% no fim do ano na comparação com 2023. Também há índices positivos no mercado de trabalho, com crescimento tanto no número de pessoas trabalhando quanto no rendimento médio dos trabalhadores. O crescimento do PIB fez aumentar as importações mais do que as exportações, o que vai provocar a diminuição do saldo comercial.

Mario Sergio Telles também cita o aumento da taxa Selic em setembro e a desvalorização do real perante o dólar. Para 2025, a avaliação é que a economia vai continuar aquecida, mas o ritmo de crescimento será mais fraco, por causa do aumento dos juros, que estimula um menor consumo e da diminuição dos gastos públicos.

Apresentação: Cláudio Ferreira