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A expansão do transporte dutoviário no país foi tema de debate na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados nesta terça-feira 14). Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres, apenas 4% do transporte de mercadorias no Brasil são realizados por dutovias, enquanto 60% ocorrem por rodovias, 20% por ferrovias e 13% por hidrovias. O Brasil possui mais de 20 mil quilômetros de dutos.

Em entrevista ao Painel Eletrônico no dia seguinte à audiência (15), o autor do pedido para a realização do debate, deputado Leônidas Cristino (PDT-CE), disse que o transporte por dutos é rápido, econômico e seguro. Mas sua utilização está aquém do potencial que o modal poderia ter na logística de distribuição de mercadorias para o mercado interno e externo.

“Eu já fiz audiência pública de rodovias, de ferrovias, de hidrovias, e de dutovias, para ver se a gente acorda o governo para recompor esse modelo da infraestrutura de transporte do Brasil. Porque nenhum país se estabelece economicamente e seus produtos têm competitividade no mercado internacional, principalmente, sem uma estrutura viária compatível,” defendeu.

Leônidas Cristino destacou que o transporte por dutos é uma alternativa importante para escoamento de petróleo e derivados, combustíveis, gases e minérios. É um meio cujo investimento inicial é alto, mas com capacidade de retorno e economia com o tempo, se comparado a outros modais.

“Eu compreendo também que existem pontos preocupantes, por exemplo, se você fizer um furo num duto desse, tem um problema grave para o meio ambiente e para as pessoas, para as comunidades. Tem problemas, mas tem mais vantagens do que desvantagens. Por exemplo, o transporte dutoviário é de longo curso, longas distâncias. É um transporte de capacidade contínua, que funciona 24 horas no ar. Pode chover, pode fazer vento, pode ter enchente e ele fica lá fazendo sua operação,” afirmou.

Leônidas Cristino cobrou a regulamentação da legislação sobre gás no país, para incentivar o transporte por dutos. Segundo o deputado, 98% do transporte de gás no Brasil são feitos por gasoduto. Sem uma malha local mais capilarizada, o combustível tende a ficar mais caro, alertou o deputado. “Quanto mais longe o município estiver do centro de carga, mais caro fica o a gás, inviabilizando investimentos na área industrial.”

Apresentação - Ana Raquel Macedo