Segurança

Audiência discute a ocorrência de feminicídios no Rio Grande do Sul

Debate será realizado em conjunto com a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa gaúcha

09/05/2022 - 08:57  

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Foto de um homem com a mão fechada agredindo uma mulher que está sentada, encolhida perto da parede. Não é possível ver o rosto deles
Em 2021, 97 mulheres foram vítimas de feminicídios no estado

A Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados vai discutir nesta segunda-feira (9) o número de feminicídios no Rio Grande do Sul.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS), que pediu a realização do debate, explica que a intenção é analisar o dossiê elaborado pela Campanha Levante Feminista do Rio Grande do Sul, com dados do Observatório Lupa Feminista Contra o Feminicídio.

A mesa-redonda será realizada em conjunto, de forma híbrida, com a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

"O Estado do Rio Grande do Sul exibe dados preocupantes relativos ao assassinato de mulheres por razão de sexo/gênero. A Campanha do Levante Feminista Contra o Feminicídio é nacional, tendo no estado do RS um importante papel para denunciar, exigir medidas e propor às autoridades públicas estratégias para enfrentar o problema", afirma Maria do Rosário.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública gaúcha, no ano passado, 97 mulheres foram vítimas de feminicídios no estado. Já nos primeiros 90 dias deste ano, foram assassinadas 31 mulheres, "significando um feminicídio a cada 2 dias e meio, uma razão acima dos índices nacionais", compara Maria do Rosário.

Debatedoras
Foram convidadas para discutir o assunto, entre outras:
- a  vice-presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, deputada estadual Sofia Cavedon (PT-RS);
-  a juíza da 4ª Vara do Júri de Porto Alegre (especializada em feminicídios), Cristiane Busatto Zardo;
- a coordenadora da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Taís Culau de Barros; e
- a coordenadora do Grupo Especial de Prevenção e Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar, Carla Carrion Frós.

O debate será realizado no plenário 3 a partir das 14 horas.

 

 

Da Redação - ND

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