Política e Administração Pública

Líder do governo quer priorizar infraestrutura, agronegócio, ensino domiciliar e armas em 2022

Embora admita ser complexo, o tema da reforma tributária também pode ser analisado neste ano, diz Ricardo Barros

02/02/2022 - 18:53  

Billy Boss/Câmara dos Deputados
Plenário - Sessão Deliberativa Extraordinária. Dep. Ricardo Barros PP-PR
Barros diz que vai trabalhar pela não aprovação da revisão da reforma trabalhista e da regulação da mídia

O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que o foco da bancada governista em 2022 será aprovar propostas nas áreas de infraestrutura, do agronegócio e itens da chamada pauta de costumes, como o ensino domiciliar e a liberação de armas.

“Vamos buscar aprovar aquilo que o presidente [Jair Bolsonaro] gostaria que fosse aprovado. Tem a pauta de costumes, que está nas prioridades do governo, tem a modernização do setor elétrico, tem licenciamento ambiental, regularização fundiária e defensivos agrícolas, que são matérias do agronegócio, que é a grande locomotiva de desenvolvimento do Brasil”, afirmou Barros, em entrevista à TV Câmara logo após a cerimônia de abertura do ano legislativo.

Ele destacou ainda o apelo de Bolsonaro para que o Congresso aprove a redução de tributos federais sobre o óleo diesel. "Vamos avançar nessa direção”.

Temas vetados
O líder do governo também comentou a intenção de trabalhar pela não aprovação de temas que Bolsonaro não gostaria de ver analisados neste ano, como a revisão da reforma trabalhista e projetos de regulação da mídia.

“É um posicionamento politico. Trabalharei para que essa matérias não sejam aprovadas aqui, buscando apoio dos demais líderes partidários”, destacou.

Perguntado sobre a possibilidade de votação na Câmara do Projeto de Lei das Fake News, o líder do governo afirmou que a Casa deverá votar um projeto sobre o tema, mas ressaltou a preocupação do presidente com o direito de se expressar na internet.

"Nós vamos votar um projeto que trata disso, mas o desejo do presidente é que isso não cerceie o direito de opinião das pessoas. Ele se coloca na posição de quem precisa das redes sociais para levar a sua mensagem para os seus eleitores”, afirmou.

Ativismo do Judiciário
Ao comentar a liberdade de expressão nas redes sociais, Barros criticou o que chamou de ativismo político do judiciário.

“Esse combate às redes sociais, bloqueio de contas, é ativismo político do judiciário, que tem que ser combatido de maneira veemente. O judiciário não pode se posicionar politicamente para prejudicar esse ou aquele candidato.”

Por fim, Barros ponderou que, embora complexo, o tema da reforma tributária pode ser sim analisado pelo Congresso neste ano, que inclui eleições gerais em outubro.

"É muito complexo, mas podemos avançar. [O presidente do Senado, Rodrigo] Pacheco disse que vota a PEC 110/19, do Senado. Se ele vota, a Câmara vota também”, concluiu.

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Ana Chalub

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