Oposição critica verbas para saúde; governo vê parecer justo e realista
24/03/2021 - 10:56

As bancadas de oposição na Câmara dos Deputados tentarão fazer mudanças no parecer final feito pelo relator-geral, senador Marcio Bittar (MDB-AC), para a proposta orçamentária deste ano (PLN 28/20). O texto deverá ser discutido nesta quarta-feira (24) na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional.
O deputado Afonso Florence (PT-BA), líder do partido na CMO, afirmou à Rádio Câmara que os R$ 125 bilhões destinados à saúde, valores semelhantes ao previsto antes da pandemia de Covid-19, são insuficientes para o enfrentamento do novo coronavírus e manter o atendimento da população.
Afonso Florence questiona ainda a manutenção do teto de gastos públicos, estabelecido pela Emenda Constitucional 95. “Enquanto setores essenciais sofrem com a impossibilidade de novos investimentos, o governo não estabelece limites para o pagamento da dívida pública”, disse o parlamentar.
O deputado Claudio Cajado (PP-BA), líder do governo na CMO, considera que a aprovação do Orçamento para 2021 e a ampliação da vacinação contra a Covid-19 vão permitir que o País entre em um novo patamar econômico e social.
Em entrevista à Rádio Câmara, Claudio Cajado avaliou que o parecer de Marcio Bittar é justo e realista, contemplando todas as demandas da administração pública. Ele criticou a “herança” deixada por gestões anteriores – o montante reservado para a amortização da dívida pública chega a R$ 1,87 trilhão.
Reportagem – Marcio Achilles Sardi
Edição – Natalia Doederlein