Política Nacional de Segurança de Barragens repercute no Plenário
25/06/2019 - 23:13
Aprovado nesta terça-feira (25) pelo Plenário da Câmara, o Projeto de Lei 2791/19, que cria a Política Nacional de Segurança de Barragens, foi defendido pela maioria dos deputados que discursaram. Alguns parlamentares, por sua vez, apontaram falhas no texto.
De acordo com o relator, deputado Padre João (PT-MG), a proposta pode evitar novos rompimentos de barragem, como os ocorridos em Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais. “Não podemos permitir que nenhuma atividade econômica ofereça risco de morte a uma comunidade inteira. Esse é o projeto que vai garantir segurança a todos os brasileiros”, afirmou.
Esse pensamento foi compartilhado pelo deputado Arthur Oliveira Maia (DEM-BA). “Que as pessoas tenham segurança de que a mineração possa conviver com a população”, disse.
Críticas
O deputado Joaquim Passarinho (PSD-PA) concordou que é importante assegurar algum tipo de previsão de ressarcimento ao Estado e às vítimas de desastres. Ele apontou, entanto, que a redação aprovada hoje, com a possibilidade de órgãos ambientais exigirem seguro das mineradoras, poderá inviabilizar a realização de obras.
Na opinião o deputado Tiago Mitraud (Novo-MG), o projeto ficou mal redigido ao não detalhar competências de órgãos públicos. “Estamos deixando vários ‘cachorros de dois donos’: o texto atual deixa várias zonas cinzentas.”
Sustentabilidade
Para o deputado Odair Cunha (PT-MG), a questão da segurança das barragens exige uma política nacional. “É fundamental ampliar o risco econômico. Somente assim poderemos impedir que outros desastres aconteçam.”
O presidente da comissão externa que investigou o ocorrido em Brumadinho, deputado Zé Silva (Solidariedade-MG), destacou que o Brasil precisa de uma nova legislação que garanta uma mineração sustentável.
Reportagem - Tiago Miranda
Edição - Marcelo Oliveira