Única representante da Rede, Joênia Wapichana defende pautas ambientais
07/02/2019 - 16:38
Com apenas uma deputada eleita, a Rede, partido da ex-candidata à Presidência da República Marina Silva, deve realizar uma convenção em março para decidir os rumos que vai tomar como partido político. É que a cláusula de desempenho constitucional impede os partidos com baixa representação na Câmara de receber recursos do fundo partidário e de usar tempo de rádio e TV.

A deputada Joênia Wapichana, de Roraima, primeira indígena a ser eleita para o Congresso Nacional, ficou sozinha na bancada da Rede. Enquanto aguarda as decisões partidárias, pretende seguir as diretrizes anteriores do partido.
"Principalmente a pauta da sustentabilidade, de dar visibilidade aos direitos coletivos dos povos indígenas, quilombolas. Um pouco da pauta relacionada à Amazônia. E eu estou aqui para continuar essas prioridades da Rede justamente para que o nosso Brasil tenha possibilidade de avançar nos direitos coletivos, na questão ambiental", diz.
Joênia explica ainda que sua prioridade, naturalmente, é a questão indígena.
"Vamos priorizar os direitos coletivos indígenas para que não retrocedam. A gente precisa avançar na demarcação das terras indígenas. E defender políticas públicas e consolidar direitos previstos na Constituição."
De acordo com o regimento interno da Câmara, para ter direito a uma liderança, a representação partidária deve ter pelo menos cinco deputados. Portanto, a Rede poderá compor liderança nem a integrar o Colégio de Líderes. Porém, o regimento permite a indicação de um integrante para expressar a posição do partido nas votações.
Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Ana Chalub