Políticas públicas para idosos devem refletir pluralidade desse público, dizem debatedores
04/07/2018 - 21:42
Participantes do 1º Seminário Internacional sobre Saúde e Educação na Terceira Idade destacaram nesta quarta-feira (4) a importância da promoção do envelhecimento saudável, mas lembraram que a velhice é heterogênea, assim como os idosos.
“Uns são mais ativos; outros nem tanto. É preciso garantir políticas públicas que atendam tanto os mais frágeis e quanto os mais autônomos”, afirmou a deputada Leandre (PV-PR), 2ª vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, colegiado da Câmara dos Deputados que organizou o evento.
Essa heterogeneidade da chamada terceira idade também foi ressaltada por Ricardo Iacub, da Universidade de Buenos Aires. Ele salientou os diferentes modelos de velhice e os custos altos da solidão para os idosos.
O professor comemorou o fato de que a terceira idade não é mais vista somente como fim da vida, porém lamentou que um dos seus temas de estudo, a sexualidade, ainda causa estranheza quando relacionada aos maiores de 60 anos. “As pessoas idosas que exercitam seu erotismo vivem mais anos, têm melhor nível de saúde, com menos dor”, disse.
Um exemplo de envelhecimento ativo aconteceu ao vivo durante o seminário: o deputado Sérgio Reis (PRB-SP), aos 78 anos, mobilizou a plateia com um pequeno show de repertório sertanejo.
A programação do seminário continua nesta quinta-feira (5), com mesas redondas sobre políticas públicas para saúde e assistência social e sobre as universidades abertas para a terceira idade, além da apresentação de artigos científicos.
Reportagem – Cláudio Ferreira
Edição – Marcelo Oliveira