Política e Administração Pública

Maia diz que reforma da Previdência não vai tirar votos de parlamentares em 2018

05/09/2017 - 19:03  

Ao defender nesta terça-feira (5) a aprovação da reforma da Previdência pela Câmara dos Deputados, o presidente da República em exercício, deputado Rodrigo Maia, disse que esse resultado não vai retirar votos dos parlamentares nas eleições do ano que vem.

“Vou seguir tentando convencer os líderes de que a aprovação da reforma da Previdência não vai tirar votos de ninguém; que a reforma da Previdência, bem explicada, no próximo ano vai gerar um impacto muito grande na economia, que terá ganhos políticos para todos nós”, afirmou.

“Meu medo é que a gente não consiga fazer esse convencimento, e no ano que vem, que tem boas perspectivas para a economia brasileira [caso a reforma seja aprovada], tenhamos a reversão disso pela perda de confiança dos investidores de médio e longo prazos, por não acreditarem que o Brasil terá condições de avançar”, acrescentou.

“Sempre tenho dito que a reforma da Previdência é a reforma de todas as reformas, porque com ela vamos ter condições de garantir uma estabilidade dos gastos públicos nos níveis federal e dos estados. Ninguém faz essa conta, mas o deficit atuarial de todos os estados beira a ordem de R$ 3 trilhões, R$ 4 trilhões. É um problema de médio e longo prazo enorme, fora o caso do Rio, que já tem deficit de R$ 12 bilhões por ano”, afirmou.

Parlamento
Rodrigo Maia defendeu ainda mudanças nas regras de aposentadoria dos parlamentares. “A sociedade acha que o parlamentar se aposenta com quatro anos de mandato. Isso acabou em 1997. A lei que temos hoje aposentou, nos últimos 20 anos, 50 parlamentares, mas temos que melhorar: para os novos deputados, regime geral [da Previdência] e previdência complementar.”

O presidente da República em exercício deu as declarações após a cerimônia de assinatura do decreto que confirmou o acordo de recuperação fiscal do Rio de Janeiro com a União. O governo fluminense terá de fazer ajustes de R$ 63 bilhões até 2020 – estão incluídos aumento de receitas, redução de despesas, empréstimos e suspensão temporária da dívida com a União.

Da Redação - RM
Com informações da Agência Brasil

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