Direitos Humanos

Anistiados políticos criticam diminuição do ritmo dos trabalhos da Comissão de Anistia

30/08/2017 - 19:42  

Anistiados políticos presentes à audiência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (30), também criticaram a diminuição do ritmo dos trabalhos da comissão e as interpretações legais divergentes de outros órgãos.

José Wilson da Silva, capitão reformado do Exército e anistiado político, conta que a lei e as interpretações dos órgãos do governo deixaram de fora, até agora, reparações devidas a militares da Marinha, petroleiros e outros trabalhadores. “De 2002 até agora, são 15 anos e ainda estamos pedindo para que a lei seja aplicada”, disse.

Deputados também criticaram mudanças no entendimento da legislação relativa a reparações a perseguidos políticos. A deputada Janete Capiberibe (PSB-AP) considera as reparações fundamentais para a superação dos prejuízos causados aos militantes contrários à ditadura.

Ela também foi presa pelo regime militar e exilada. “Até meus 60 anos, eu não conseguia falar do regime militar sem chorar. Porque foi terrível”, disse.

A deputada Erika Koray (PT-DF) foi na mesma linha. “A anistia foi pela metade. Não podemos permitir retrocesso nos trabalhos da Comissão de Anistia”, disse.

Reportagem – Antonio Vital
Edição – Newton Araújo

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