Política e Administração Pública

Para Rodrigo Maia, situação do Rio de Janeiro exige coordenação federal

“Se existisse um instrumento de falência, talvez o Rio tivesse que declarar falência. É um deficit que, com a situação atual, é quase impagável”, disse o presidente da Câmara

04/08/2017 - 15:56  

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse nesta sexta-feira (4) que o Rio de Janeiro depende de coordenação federal para lidar com problemas fiscais e com a situação da segurança pública no estado.

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Fotos do dia - Rodrigo Maia presidente da Câmara
Maia e Eunício anunciaram na terça a articulação no debate sobre segurança

“Infelizmente, a gente tem que dizer a verdade. O Rio de Janeiro precisa, sim, da coordenação federal. Nunca defendi a intervenção federal, mas a coordenação federal, tanto no ponto de vista fiscal como no ponto de vista de segurança, é fundamental”, disse Maia, que enumerou a ajuda do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao estado, a criação do Regime de Recuperação Fiscal e a presença das Forças Armadas no Rio.

“Se existisse um instrumento de falência, talvez o Rio tivesse que declarar falência. É um deficit que, com a situação atual, é quase impagável”, disse.

Fronteiras
O presidente da Câmara e outros parlamentares assistiram a uma apresentação do ministro da Defesa, Raul Jungmann, e de oficiais das Forças Armadas sobre ações desenvolvidas nas fronteiras como parte do enfrentamento ao crime organizado no País. A reunião foi na Escola Superior de Guerra, na Urca (zona sul da cidade).

Maia disse que as ações nas fronteiras são fundamentais no enfrentamento à violência no Rio de Janeiro. “A droga não é produzida aqui, a arma também não. Se não cuidarmos da fronteira, nunca teremos sucesso no combate ao crime organizado no Rio de Janeiro”, opinou.

Pauta conjunta
O presidente da Câmara disse ainda que está elaborando, com o presidente do Senado, Eunício Oliveira, uma pauta no Congresso sobre segurança pública, e a ideia é envolver secretários estaduais nos debates sobre o tema. Mas ponderou que leis não podem resolver a situação do Rio no curto prazo.

“O determinante no Rio de Janeiro hoje, infelizmente, não são as leis. Se fossem as leis, era mais fácil. Temos quase uma convulsão social, e isso a lei não vai resolver no curto prazo. A lei ajuda, a lei constrói em conjunto uma estrutura para que os órgãos de segurança possam atuar de forma mais efetiva”, explicou.

Da Redação - RM
Com informações da Agência Brasil

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