Funcionário dos Correios sugere fundos de investimentos para que CPI investigue
20/08/2015 - 11:38
A deputada Carmen Zanoto (PPS-SC) perguntou há pouco, ao presidente da Associação dos Profissionais dos Correios (Adcap), Luiz Alberto Barreto, se é possível citar nomes de dirigentes e pessoas que foram responsáveis pelo atual deficit de R$ 5,6 bilhões no Postalis, fundo de pensões dos Correios.
Segundo Barreto, é complicado para ele citar nomes, mesmo tratando-se apenas de suspeitas. Ainda assim, sugeriu que a CPI investigue alguns fundos de investimentos.
“Sugiro que se investigue, por exemplo o fundo Planner, que está ligado a cooperativa do sindicato dos bancários de São Paulo (Bancoop)”, respondeu Barreto.
A Planner administrou o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), criado em 2004, que recebeu R$ 26,2 milhões dos fundos de pensão de estatais Petrus (Petrobras), Funcef (Caixa) e Previ (Banco do Brasil).
“Outro fundo, Evocatti. Outro fundo chamado Riviera. Outro, Socopa”, acrescentou Barreto, sugerindo aos deputados da CPI “olhar com lupa” esses fundos.
De acordo com Barreto, quando representantes da BNY Mellon - que supervisiona a gestão terceirizada do Postalis - estirevem na CPI, eles terão condições de revelar os nomes de todos os fundos existentes e das pessoas responsáveis por eles.
Sobre uma possível culpa da diretoria dos Correios no deficit no Postalis, Barreto foi categórico: “No mínimo, [houve] omissão”.
Já o deputado Rocha (PSDB-AC) questionou Barreto sobre as providências já tomadas pela Adcap para tentar resolver o deficit do Postalis. “Primeiro, entramos com ação contra a cobrança extra de 25,98% dos participantes”, esclareceu Barreto. Segundo ele, a entidade prepara ainda outras ações judiciais para setembro, quando deve sair o resultado de um estudo sobre a equalização do fundo.
A reunião ocorre no plenário 3.
Mais informações a seguir
Reportagem - Murilo Souza
Edição - Daniella Cronemberger
