Política e Administração Pública

Cunha espera concluir 1º turno da reforma política nesta terça-feira

15/06/2015 - 20:41   •   Atualizado em 16/06/2015 - 16:31

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, afirmou nesta segunda-feira que a votação do primeiro turno da reforma política (PEC 182/07) será concluída nesta terça-feira (16), desde que não ocorra a sessão do Congresso (sessão conjunta de deputados e senadores) prevista para votar vetos presidenciais.

"Não posso perder o embalo da reforma política, porque semana que vem é São João e, na outra semana, não teria tempo de votar o segundo turno da reforma, antes do recesso. Para concluir o segundo turno antes do recesso, preciso terminar a votação do primeiro turno nesta semana", disse Cunha.

A proposta da reforma política está sendo votada por temas. Estão pendentes os tópicos fidelidade partidária, cotas para mulheres no Legislativo, data de posse de prefeitos e vereadores, federação partidária e projetos de iniciativa popular. Para ser aprovado, cada ponto do texto precisa do voto favorável de, no mínimo, 308 deputados.

IR e desoneração
Também está na pauta da semana a Medida Provisória 670/15, que concede reajuste escalonado das bases de cálculo da tabela progressiva do Imposto de Renda. A MP prevê índices de correção que variam de 4,5%, para a faixa de renda mais alta, a 6,5%, para a faixa de renda mais baixa (isenta). Conforme o texto, a renda mensal máxima para isenção passa a ser de R$ 1.903,98.

Além da MP 670, Cunha espera votar o projeto sobre a desoneração da folha de pagamentos (PL 863/15). "Acho que essa medida provisória vota. Espero que chegue ao projeto de desoneração. Eu prefiro votar logo”, disse. “Não pus para votar [o projeto] na semana passada porque o governo não quis. Essa é que é a verdade.”

O projeto aumenta as alíquotas incidentes sobre a receita bruta das empresas de 56 setores da economia com desoneração da folha de pagamentos. O relator do texto, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), propõe um aumento escalonado das alíquotas.

O governo quer reverter a renúncia fiscal e economizar cerca de R$ 12,5 bilhões. Entretanto, o PMDB pretende deixar de fora do aumento imediato de alíquotas os setores de comunicações, transportes, call centers e itens da cesta básica.

Como o projeto é o terceiro em pauta com urgência constitucional vencida, para apressar sua votação, o governo teria de retirar o pedido de urgência de dois projetos do pacote anticorrupção (PLs 2902/11 e 5586/05).

Semana que vem
Eduardo Cunha disse que pretende seguir com as votações na próxima semana, quando é esperado um número menor de deputados em Plenário, por conta das festas juninas. Serão colocados em votação, na terça-feira da semana que vem (23), apenas recursos contra a tramitação conclusiva de projetos de lei. Já na quarta-feira (24) e na quinta-feira (25) poderão entrar em pauta outros projetos.

“Eu vou colocar uma pauta leve na terça-feira [da semana que vem], aquela pauta de recursos, já que vai ter pouca gente aqui, não vai ter ninguém do Nordeste. Mas quarta à noite e quinta eu pretendo botar pauta. A quinta-feira vai ter que compensar o atraso da semana toda. Não é semana de feriado, não", afirmou Cunha.

Reportagem – Idhelene Macedo
Edição – Pierre Triboli

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