Frente Parlamentar apoiará políticas públicas contra o câncer
11/06/2015 - 17:08
Criada nesta quinta-feira, a Frente Parlamentar Mista de Combate ao Câncer, que reúne deputados e senadores, tem o objetivo de apoiar políticas públicas, programas e ações governamentais ou privadas para enfrentar a doença. A coordenação da Frente será do deputado Antônio Jácome (PMN-RN). Médico e cirurgião voluntário da Liga Norteriograndense Contra o Câncer, o parlamentar diz ter conhecimento dos desafios, mas ressalta estar determinado a encontrar os melhores caminhos da causa contra o câncer no País.
"Teremos uma agenda de trabalho com várias reuniões semanais. Vamos ouvir os colegas de norte a sul do Brasil, para ver onde a situação é mais crítica. Faremos uma interlocução com o Ministério da Saúde para dar suporte às casas de apoio, que trabalham muitas vezes sem qualquer reconhecimento ou apoio oficial. O Poder Público precisa reconhecer e estender a mão para que essa assistência aconteça", destacou Antônio Jácome.
O deputado Carlos Gomes (PRB-RS) ressaltou que não só os parlamentares, mas todos os brasileiros devem se engajar na luta contra a doença: "Precisamos gerar informações acerca dos sintomas e da prevenção. Temos que trabalhar cada vez mais na prevenção: o sistema de saúde optou por investir na doença, no tratamento, e nós temos que nos antecipar", explicou.
Rapidez no atendimento
Integrante da Frente Parlamentar, a deputada Conceição Sampaio (PP-AM) quer chamar a atenção do Estado brasileiro para o câncer: "Nós temos 190 mil pessoas que morrem todos os anos em função do câncer e precisamos garantir, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), o bom acolhimento dos pacientes. Uma pessoa com câncer já está fragilizada e se o atendimento não começar bem, de forma rápida, ela vai esperar anos na fila para iniciar o tratamento.” Segundo a deputada, um dia a mais de espera pode representar um dia a menos de vida.
Mais de 12 milhões de pessoas no mundo são diagnosticadas com câncer a cada ano. Cerca de 8 milhões morrem. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que neste ano haverá 580 mil novos casos. Segundo o Inca, se medidas efetivas não forem tomadas haverá 26 milhões de casos novos e 17 milhões de mortes por ano no mundo em 2030, e dois terços das vítimas estarão nos países em desenvolvimento.
Reportagem – Idhelene Macedo
Edição – João Pitella Junior