Economia

Ministro não convence parlamentares em debate sobre mudanças em direitos sociais

09/04/2015 - 15:54  

As palavras do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, a favor das MPs 664/14  e 665/14 não convenceram os parlamentares presentes à audiência pública desta quinta-feira (9) das comissões mistas que analisam as matérias. Os textos dificultaram o acesso a direitos previdenciários e trabalhistas.

Entenda o que mudou nos benefícios

Lucio Bernardo Jr. - Câmara dos Deputados
Audiência pública conjunta sobre a MP 665/14, que estabelece novas regras para concessão do seguro-desemprego e do abono salarial. Dep. Glauber Braga (PSB-RJ)
Glauber Braga: "O governo precisa criar alternativas"

O deputado Glauber Braga (PSB-RJ) deu o tom do debate ao criticar o Executivo por ter editado as MPs em um momento de retração da economia, com possibilidade de aumento do desemprego e queda da renda dos trabalhadores.

Ele lembrou que o cenário é previsto pelo próprio ministro da Fazenda, Joaquim Levy. "Se o Ministério da Fazenda anuncia que é um ano de dificuldade, de ajustes, como se dificulta o acesso do seguro-desemprego?", questionou Braga.

O parlamentar acrescentou que os deputados e senadores têm dificuldade de justificar a aprovação das MPs em suas bases eleitorais com o argumento de que elas são "meros ajustes". "O governo precisa criar alternativas", disse o deputado.

Divergências na base
O presidente da comissão mista da MP 665, deputado Zé Geraldo (PT-PA), reconheceu as divergências dentro da base aliada e até no próprio PT. Mas afirmou que os relatores das duas MPs têm condições de fechar um texto de consenso e garantir a aprovação das matérias, que perdem a vigência no dia 1º de junho.

“Trabalho com a expectativa de que nós vamos aprovar essas duas medidas com todas as mudanças que forem necessárias e ‘consensuadas’ no Congresso”, declarou Zé Geraldo.

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Marcelo Oliveira

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.


Sua opinião sobre: MPV 664/2014

Íntegra da proposta