Direitos Humanos

Polícia Rodoviária faz parcerias para mapear pontos vulneráveis em estradas

07/04/2015 - 21:01  

Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Audiência pública para discutir a repressão do turismo sexual durante a realização das Olimpíadas e Paraolimpíadas de 2016. Policial Rodoviária Federal, Márcia Freitas
Márcia Freitas disse que a Polícia Rodoviária vai priorizar à repressão ao turismo sexual com capilaridade nas estradas próximas ao evento

Representante da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no debate sobre medidas para combater o turismo sexual nas Olimpíadas e Paralimpíadas de 2016, realizada na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (7), Márcia Freitas afirmou que a polícia tem incrementado a estratégia de combate à exploração sexual por meio de parcerias. Um exemplo é o Projeto Mapear, com o apoio da Childhood Brasil, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. O projeto engloba atividades de longo prazo e rotineiras. O programa mapeia pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais do País.

Durante as Olimpíadas no Rio de Janeiro, além de atuar nos centros urbanos, a PRF vai priorizar a repressão ao crime com “capilaridade” nas rodovias próximas ao evento, enfatizou Márcia Freitas. Segundo ela, a PRF foi responsável pelo resgate de mais de quatro mil crianças em situação de vulnerabilidade nas estradas.

“Desde 2012, foram contratados mais de dois mil profissionais para trabalhar com o planejamento estratégico em grandes eventos”, ressaltou.

Ela refutou a informação do deputado Marcelo Matos (PDT-RJ) de que existem atualmente vários postos da PRF fechados no Rio de Janeiro por falta de incentivo e de profissionais capacitados. Matos defendeu o aumento do efetivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para atender a um evento que vai congregar mais de 200 nacionalidades.

Comitê Rio 2016
O diretor de Relações Institucionais do Comitê Rio 2016, embaixador Agemar Sanctos, ponderou que, apesar de representar grande oportunidade para o País, os Jogos Olímpicos envolvem naturalmente riscos. “Diversas instituições, entre elas a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), varrerão os mais de 200 mil credenciados para acompanhar os jogos. Isso já é, para nós, uma medida de segurança”, disse. Ele acrescentou que o comitê não tem o poder de polícia, mas vai cooperar com o governo.

Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Marcos Rossi

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