Manifestantes contra terceirização entram em confronto com policiais em frente ao Congresso
07/04/2015 - 16:08 • Atualizado em 07/04/2015 - 22:31

Manifestantes de centrais sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), que protestam em frente ao Congresso contra o projeto que regulamenta a terceirização (PL 4330/04), entraram em confronto com policiais militares. O projeto está na pauta de votações do Plenário da Câmara dos Deputados.
Um dos manifestantes foi atendido pelo Departamento Médico da Câmara (Demed), com ferimentos na cabeça, e foi encaminhado ao Hospital Regional da Asa Norte. Outros dois manifestantes, dois policiais, um deputado e um visitante também estão entre os atendidos pelo Demed. O deputado Vicentinho (PT-SP) precisou de atendimento médico depois de ser atingido por spray de pimenta.
Depois de um momento tenso, a manifestação segue em clima mais tranquilo em frente ao Congresso. O presidente do Sindieletro de Minas Gerais, Jobert de Paula, criticou a atuação da Polícia. "Queremos que a Polícia Legislativa responda pelo o que ocorreu hoje na Câmara dos Deputados", disse.
Os manifestantes são contrários à proposta sobre terceirização por considerar que ela precariza relações de trabalho. O texto permite a terceirização em qualquer ocupação, enquanto hoje ela é limitada às atividades-meio, não relacionadas ao fim da empresa.
O texto tem o aval da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, veio à Câmara defender a proposta. Para ele, a terceirização já é uma realidade. "Terceirização significa especialização. Na construção civil, por exemplo, não é necessário uma empresa que faça tudo, mas várias para cada etapa da obra", declarou.
Reportagem - Carol Siqueira
Edição - Newton Araújo