Política e Administração Pública

Em São Paulo, Cunha diz que só não houve racionamento de energia porque o País não está crescendo

27/03/2015 - 13:13  

Rodolfo Stuckert / Câmara dos Deputados
Presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ),  participa de audiência Pública na Câmara Legislativa do estado de São Paulo
Cunha discursa na Assembleia de São Paulo; 2ª edição do Câmara Itinerante, que busca aproximar a Casa da população

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, criticou nesta sexta-feira (27) a decisão do governo de baixar a tarifa de energia elétrica em 2012. “A crise energética, como consequência da crise hídrica, só não está pior porque a economia não está em um processo de crescimento. Se a economia estivesse crescendo, estaríamos vivendo um racionamento”, disse Cunha, durante a segunda edição do programa Câmara Itinerante, realizado em São Paulo, que debateu a crise hídrica, o pacto federativo e a reforma política.

Ao falar sobre a crise hídrica, o deputado Celso Pansera (PMDB-RJ) afirmou que há setores da sociedade que não entendem que a água tem um preço. “Isso acaba gerando um consumo mais intenso e a água é um bem finito. A questão da água é um problema mundial”, destacou.

Segundo Pansera, a cada 15 anos o Brasil enfrenta uma grande seca. “Os riscos derivados das mudanças climáticas são reais e temos que nos debruçar sobre eles”, afirmou. O deputado disse ainda que hoje, com a seca, aproximadamente 102 mil empresas (celulose, alimentos e metalurgia) são impactadas, direta ou indiretamente, pelo problema de falta de água só no sudeste.

Reforma Política
Sobre reforma política, o deputado Evandro Gussi (PV-SP) destacou a importância de a Câmara dos Deputados em pautar a matéria no início da legislatura. O parlamentar disse que a comissão especial que discute o tema, embora com divergências, está em sintonia com as ruas.

“Chegamos a alguns diagnósticos: eleições caras, que contribuem com a corrupção no País; e o sistema eleitoral atual que impede a aproximação entre eleitores e eleitos e a pluralidade de opiniões e não garante a governabilidade”, disse. Gussi também defendeu limite de gastos para as campanhas eleitorais.

O presidente da Câmara voltou a dizer que a reforma política será votada na Casa até maio para que as novas regras possam valer já nas próximas eleições.

Reportagem - Luiz Gustavo Xavier
Edição - Natalia Doederlein

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