Governo e oposição discutem veto à correção de 6,5% da tabela do IR
11/03/2015 - 22:00
O Congresso Nacional começou a discussão do veto da presidente Dilma Rousseff à correção em 6,5% da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física. O líder do PT no Senado, senador Humberto Costa (PT-PE), defendeu a manutenção do veto em nome do acordo feito entre os líderes da base em torno de uma tabela progressiva – em que os menores salários terão maior desconto de imposto, e as maiores faixas de renda pagarão mais.
O acordo foi costurado na terça-feira e resultou na edição da Medida Provisória 670/15. “O simbolismo do entendimento é a coisa mais importante que conseguimos com essa medida e vamos dar consequência a este ato, mantendo a proposta acordada com todos os líderes do governo, que propõe escalonamento”, defendeu Costa.
Pela MP, as duas primeiras faixas salariais terão reajuste de 6,5%. Na terceira faixa, o reajuste será de 5,5%; na quarta faixa, será reajustado em 5%; e, na última faixa – que contempla os salários mais altos –, será reajustado em 4,5%.
O líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), quer a derrubada do veto. Ele disse que os 6,5% lineares atendem melhor aos anseios da população. “Os brasileiros assalariados estão desde janeiro pagando mais impostos e aí vem o PT falando de pagamento de Imposto de Renda como se, por ventura, estivesse falando apenas dos ricos do Brasil”, disse. Ele lembrou que a diferença entre os 6,5% e o valor proposto vai pesar no bolso do brasileiro.
Correção escalonada
Com a correção prevista na MP, quem ganha até R$ 1.903,98 estará isento do imposto. Na faixa entre R$ 1.903,99 e R$ 2.826,65, o contribuinte pagará 7,5% de IR. A alíquota de 15% passará a incidir sobre as rendas entre R$ 2.826,66 e R$ 3.751,05. Na quarta faixa, estão os cidadãos que ganham entre R$ 3.751,06 e R$ 4.664,68, que pagarão imposto de 22%. A maior alíquota, de 27,5% passa a ser aplicada a quem recebe a partir de R$ 4.664,69.
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Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli