Ciência, tecnologia e Comunicações

Radialistas reclamam falta de dados sobre violência contra profissionais

05/05/2014 - 20:46  

Agência Senado
Reunião do Conselho de Comunicação Social - representante dos radialistas José Antônio Jesus da Silva
José Antônio: os radialistas são os que mais sofrem violência durante as coberturas jornalistas.

O coordenador da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão (Fitert), José Antônio Jesus da Silva, reclamou que os radialistas são os que mais sofrem violência durante as coberturas jornalistas. Ele criticou o fato de esses profissionais não aparecerem nos levantamentos das vítimas de violência no exercício da profissão.

Durante reunião do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional nesta segunda-feira (5), ele disse que é preciso discutir a proteção para todos os profissionais de comunicação.

José Antônio disse que dentro das empresas de comunicação e do governo brasileiro a questão não é discutida e sugeriu que o Ministério da Justiça convoque os comunicadores para participarem dos grupos de trabalho destinados a discutir as políticas de proteção desses profissionais. “O Ministério da Justiça poderia chamar de fato a Federação dos Radialistas e a Federação dos Jornalistas para discutir a violência contra esses trabalhadores brasileiros. Ele tem essa responsabilidade com os trabalhadores brasileiros”, disse.

Debates no conselho
Não foi a primeira vez que o Conselho de Comunicação debateu o tema. De discussões anteriores, saiu a orientação de que os crimes contra profissionais de comunicação fossem federalizados.

A proposta faz parte de um projeto de lei (PL 1078/11), do deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP). De acordo com os conselheiros, jornalistas e radialistas são vítimas de dois tipos de violência. Aquela mais indiscriminada, cometida durante manifestações de massa e os assassinatos cometidos por desafetos políticos e o crime organizado.

O secretário Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Marcelo Barros de Oliveira, assinalou que, como não há lei determinando a federalização, o Ministério da Justiça não pode tomar essa iniciativa. "A gente não tem como federalizar um crime se não houver previsão legal para isso. O que o ministério pode fazer hoje é o que tem feito - oferecer ajuda da perícia da Polícia Federal nas investigações dos estados que forem mais complexas."

Reportagem - Vania Alves
Edição - Regina Céli Assumpção
Com informações da Agência Senado

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