PPS representa contra Luiz Argôlo por suspeita de envolvimento com doleiro
23/04/2014 - 16:46 • Atualizado em 23/04/2014 - 16:58

O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), protocolou nesta quarta-feira, na Secretaria Geral da Mesa Diretora representação contra o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA) para apurar quebra de decoro parlamentar em razão das denúncias de que teria recebido dinheiro em seu apartamento funcional por intermédio do doleiro preso Alberto Youssef. Esse é o mesmo personagem que estaria envolvido com o deputado licenciado André Vargas (PT-PR).
A representação do PPS será encaminhada ao presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para análise preliminar de sua admissibilidade. Se for aceita, será enviado à Corregedoria Parlamentar para investigação.
Após o recebimento do requerimento, o corregedor, deputado Átila Lins (PSD-AM), notifica o deputado para que se manifeste por escrito em até cinco dias. A partir daí, a Corregedoria terá 45 dias para instrução do processo, que tem caráter sigiloso.
O deputado Luiz Argôlo foi procurado no gabinete do parlamentar em Brasília e no escritório político em Salvador para falar sobre as denúncias, mas não foi encontrado.
Denúncias
Na representação, o líder do PPS cita matéria da revista Veja que "traz uma acusação grave sobre entrega de dinheiro intermediada pelo doleiro Alberto Youssef em apartamento funcional da Quadra 302 norte, supostamente para o deputado Luiz Argôlo, que é o morador desse imóvel funcional da Câmara dos Deputados".
O documento acrescenta que, "embora o deputado Luiz Argôlo tenha negado qualquer relação com o doleiro, a polícia interceptou mais uma mensagem no mês de março passado, em que LA pediu e o doleiro, mais uma vez, atendeu. Youssef informou ter transferido 120 mil reais a Vanilton Bezerra, que é o Chefe de Gabinete de Argôlo".
Rubens Bueno ressalta que não se pode “deixar de reconhecer a gravidade da notícia de que se estaria recebendo dinheiro, encomendas. A todo momento se diz que há outros deputados envolvidos e precisamos buscar o esclarecimento desses fatos”.
Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição - Newton Araújo