Meio ambiente e energia

Ministro explica mapeamento de risco de desastres naturais

30/08/2013 - 17:22  

Durante audiência pública promovida, nesta sexta-feira (30), pela Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, relatou o trabalho realizado pelo órgão na prevenção dos desastres naturais.

Raupp apresentou cinco medidas consideradas fundamentais para a prevenção e combate a desastres, que estão sendo realizadas junto com comunidades de áreas de risco, defesas civis municipais e estaduais.

Neste pacote estão: implementação de pluviômetros automáticos; criação de rede de monitoramento geotécnico para verificar a probabilidade de deslizamentos; implantação de monitoramento hidrológico para risco de enchentes; avaliação de cada área de risco para saber qual apresenta a maior probabilidade de desastres; e instalação de pluviômetros semiautomáticos com a participação das comunidades.

“Com este conjunto de medidas ações teremos mais segurança e eficiência, realizando um trabalho de prevenção de desastres naturais, de maneira a aumentar, em poucos anos, a capacidade de resposta”, ressaltou o ministro.

O ministro lembrou que em 2011 foi criado, dentro da estrutura do ministério, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), com o objetivo de buscar conhecimentos científicos e tecnológicos sobre as áreas consideradas de risco e articular as defesas civis dos estados. “Atualmente o Cemaden monitora, de forma ininterrupta, 800 áreas de risco em 342 municípios das regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste, emitindo alertas com duas a seis horas de antecedência sobre eventos como enchentes e deslizamentos e também para previsão do impacto das secas”, disse.

A condição básica para um município contar com os serviços do Cemaden, explicou Raupp, é possuir um mapeamento de suas áreas de risco de deslizamentos em encostas, de alagamentos e de enxurradas, além da estimativa da extensão dos prováveis danos decorrentes de um desastre natural.

Economia com prevenção
Ao citar dados levantados pela comissão, o senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) ressaltou que cada real aplicado em prevenção possibilita a economia de outros dez na reparação dos estragos causados por desastres naturais. 

Maldaner lembrou que tramita no Senado projeto que visa estabelecer imposto de 1% nos contratos feitos por operadoras de seguros, com o objetivo de gerar mais recursos para o poder público aplicar no setor. “Esses recursos seriam direcionados à União, estados e municípios para estruturar os órgãos de defesa civil, dando mais segurança a quem está querendo se estabelecer em uma região e para os projetos municipais”, disse o senador.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Joares Ponticelli (PP), destacou que a audiência ocorre em um momento próximo à celebração dos 40 anos da enchente que atingiu o município de Tubarão, a maior na história do estado em número de vítimas. Em breve, disse, o perigo de novas cheias pode ser evitado, por meio de uma parceria com o governo federal para desassorear o rio que corta a cidade.

Da Redação - RCA

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