Confederação de Municípios propõe parcerias com cidades dos países vizinhos
09/07/2013 - 19:33

O consultor da área de Meio Ambiente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Valtemir Goldmeier, sugeriu parcerias com países vizinhos dos Estados do Centro-Oeste e do Norte para promoverem ações de cidadania que envolvam as cidades fronteiriças.
Goldmeier participou nesta terça-feira (9) de audiência pública da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia que ouviu representantes do governo federal, deputados e outras autoridades para saber o que tem sido feito para desenvolver a fronteira do Brasil com os outros dez países sul-americanos.
Integrante da Federação das Associações de Município do Rio Grande do Sul (Famurs), Goldmeir citou como exemplo a parceria que já ocorre na região Sul, especificamente nos municípios gaúchos que já compartilham a prestação de serviço com Argentina e Uruguai.
O presidente da comissão, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), apoiou a proposta. Goergen destacou a importância de a União legislar sobre o assunto. "Não podemos fazer com que regras teóricas impeçam o desenvolvimento da fronteira. A fronteira, além de tudo, tem uma característica que é a relação entre os países, que não é só uma regra que o Brasil precisa construir. Existe uma relação diplomática que deve ser levada em conta, que impede muitas vezes que as coisas avancem."
Presença da União na Amazônia
Durante a audiência, os deputados Asdrubal Bentes (PMDB-PA) e Paulo Cesar Quartiero (DEM-RR) cobraram mais presença da União na Amazônia.
O coronel do Exército Mário Fernandes concordou com os deputados, mas alertou que o atual governo federal está atuante nas fronteiras da Região Amazônica. "A Amazônia é uma preocupação, particularmente do Exército, que mantem a Amazônia protegida com um de seus principais projetos lançados. São projetos que têm como base 26 pelotões especiais de fronteira. O principal objetivo dos pelotões é criar um foco de apoio à sociedade local."
O deputado Jerônimo Goergen, que propôs a discussão, afirmou que a região de fronteira necessita de uma ação forte e articulada dos órgãos do governo. “Essas áreas apresentam graves problemas sociais como desemprego, ausência de serviços públicos, baixa densidade demográfica e insegurança pública. Ao mesmo tempo, são regiões com um potencial econômico gigantesco”, assinalou.
Único país de língua portuguesa na América Latina, o Brasil faz fronteira com 10 países. São quase 16 mil quilômetros de fronteira, percorrendo 11 Estados e com uma população de cerca de 10 milhões de habitantes.
Reportagem - Wamberto Noronha
Edição – Regina Céli Assumpção