Direitos Humanos

PF entrega à CPI do Tráfico de Pessoas documentos apreendidos em Curitiba

Parlamentares da CPI vão ao Paraná na próxima quinta-feira (18) para ouvir depoimentos de pais de crianças adotadas, autoridades e outros envolvidos em adoções no estado.

11/04/2013 - 20:31  

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Audiência Pública. Dep. Fernando Francischini (PEN-PR)
Francischini também recebeu depoimento de Audelino de Souza, acusado de intermediar adoções ilegais no Paraná.

O deputado Fernando Francischini (PEN-PR), vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas, esteve nesta quinta-feira (11) na Polícia Federal do Paraná, em Curitiba, para receber os documentos e computadores apreendidos no apartamento de Audelino de Souza, conhecido por Lino, apontado como intermediador de adoções supostamente ilegais no Paraná.

O mandado de busca e apreensão foi cumprido na última terça-feira (9), por ordem da CPI. Ao receber os documentos, Francischini anunciou a ida da CPI do Tráfico de Pessoas ao Paraná na próxima quinta-feira (18). 

Os parlamentares vão ouvir depoimentos de pais de crianças adotadas, autoridades e outros envolvidos em adoções no Paraná. Também serão discutidas as mudanças necessárias na legislação para melhor proteger as crianças brasileiras em casos de adoções internacionais. As reuniões serão na Assembleia Legislativa do Paraná.

Depoimento de acusado
Pela proximidade com as situações investigadas, os documentos serão analisados em Curitiba por uma equipe sob responsabilidade de Francischini. O deputado recebeu também a cópia do depoimento do Lino, colhido pela PF do Paraná na noite de quarta-feira (10). Entre outras informações, Lino revelou que enviava em média 20 crianças brasileiras ao ano para os Estados Unidos para adoção.

Já o presidente da ONG Limiar Brasil, Ulisses Gonçalves da Costa, disse nesta semana em depoimento à CPI que Lino não prestava serviços à entidade desde 1999. Ulisses Costa informou que a entidade parou de intermediar adoções internacionais em 1999, a partir da Convenção de Haia, que regulamenta essa atividade. Mesmo assim, a entidade é apontada como intermediadora de diversas adoções no Paraná nos últimos anos. “As contradições serão investigadas”, garante Francischini.

Da Redação - RCA

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