Políticas para doenças raras não saem do papel no Brasil, critica médica
27/02/2013 - 16:56
A presidente da Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica, Greyce Lousana, afirmou, há pouco, que apesar de existirem consultas públicas e normas da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde sobre doenças raras e outros tipos de enfermidades, elas, na prática, não saem do papel. "Precisamos ter mais técnicos dentro da Anvisa capacitados para conduzir e avaliar processos de pesquisa, é impossível fazer pesquisa neste País, com a estrutura atual", criticou.
Segundo Greyce Lousana, o Brasil destina muito dinheiro para a realização de pesquisas. Entretanto, isso não seria suficiente: "É preciso ensinar os pesquisadores a fazerem projetos de pesquisa", declarou.
A pesquisadora acrescentou que são necessários estudos não só sobre desenvolvimento de medicamentos, mas também sobre tratamentos de suporte para as pessoas com doenças raras. "Espera-se muito tempo para que as políticas sejam aplicadas. O Brasil precisa de menos conversa e mais ação", disse.
Reportagem - Renata Tôrres
Edição - Juliano Pires