Agropecuária

Agricultura convida três ministros para explicar critérios do plano Brasil Maior

11/04/2012 - 19:49  

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural decidiu convidar os ministros Guido Mantega (Fazenda), Mendes Ribeiro Filho (Agricultura) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) para uma audiência pública, na qual serão questionados sobre os motivos que levaram o governo a não incluir a cadeia produtora e exportadora de carnes e lácteos entre os beneficiados da desoneração da folha de pagamentos.

No último dia 3, o governo anunciou que iria desonerar a folha de pagamento de 15 setores, entre eles têxtil, couro e calçados, móveis, plásticos, materiais elétricos, autopeças, ônibus, hotéis, e tecnologia da informação. A medida faz parte do plano Brasil Maior, cujo objetivo é estimular a economia.

A iniciativa do debate, ainda sem data marcada, é dos deputados Luis Carlos Heinze (PP-RS), Nilson Leitão (PSDB-MT) e Celso Maldaner (PMDB-SC).

Leitão afirma que o Brasil se tornou líder mundial em exportação de carnes. São 3,9 milhões de toneladas de frango, 1,65 milhão de toneladas de carne bovina e 600 mil toneladas de carne suína por ano. É, também, o segundo maior produtor mundial de carne bovina e o terceiro de aves. Ele afirma que a expectativa é que as exportações de leie também cresçam neste ano e cheguem a 362 milhões de litros – um aumento de 15% em relação a 2011.

“Esses números demonstram a magnitude desses setores, mas não expõem as duras dificuldades enfrentadas pelas agroindústrias. Não dar a mesma oportunidade às agroindústrias brasileiras é marginalizar cadeias que geram empregos, renda e segurança alimentar para a população e divisas para o país”, afirma Heinze.

Segundo Maldaner, o Brasil perde dia após dia a competitividade no mercado internacional, em consequência dos problemas que enfrentam em relação ao câmbio desfavorável, somado ainda a fatores que impactam fortemente nos custos, como a escassez de insumos (decorrente das recentes estiagens nos pólos de produção) e os gargalos logísticos (que encarecem a produção e limitam a capacidade competitiva frente a concorrentes internacionais).

Da Redação/WS

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