Indústria do plástico investe em eficiência para combater desperdício
10/07/2011 - 13:01
Associações e entidades ligadas à indústria do plástico e a supermercados de todo o País vêm desenvolvendo iniciativas em conjunto para conscientizar a população de que as sacolas plásticas não são o grande vilão causador da poluição. Entre essas ações está a redução da oferta de sacolas plásticas ao consumidor, aliada a uma preocupação maior com a eficiência do produto.
Grandes grupos do setor supermercadista, por exemplo, estabeleceram metas de redução do consumo de sacolas. O Walmart pretende reduzir em 50% até 2013, e o Carrefour quer banir até 2014. A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) comprometeu-se estimular os demais supermercadistas a reduzir o uso em 30% em 2013 e 40% em 2014.
Por sua vez, a indústria do plástico – representada pela Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief), pelo Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos (Plastivida) e pelo Instituto Nacional do Plástico – criou o Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, como forma de alertar para a importância de distribuir exclusivamente sacolas plásticas em conformidade com especificações técnicas pré-estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
“Em 2008, a produção nacional de sacolas plásticas somava 18 bilhões de unidades/ano. Em 2010, esse número caiu para 13,9 bilhões, representando uma redução no consumo de mais de 4 bilhões de sacolas”, afirma o presidente da Abief, Alfredo Schmidtt.
O presidente do Instituto Plastivida, Miguel Bahiense, ressalta que boa parte do consumo excessivo se deve à decisão do setor varejista de optar por sacolas mais finas, o que resultou na redução da quantidade de matéria-prima empregada na fabricação.
“As sacolas mais finas fizeram o consumidor adotar a postura de colocar uma dentro da outra para conseguir suportar o peso dos produtos”, lembra. “O que estamos fazendo hoje é chamar a atenção da indústria, do setor varejista e de empacotadores que a sacola plástica está mais resistente, tendo como foco evitar o desperdício”, completa.
Reportagem – Murilo Souza
Edição – Ralph Machado