Sociólogo critica propostas dos empresários e do governo
23/11/2010 - 21:25
O sociólogo especialista em relações do trabalho José Pastore avaliou nesta terça-feira, durante o seminário na Câmara sobre o tema, que a proposta de regulamentação da terceirização defendida pelo Ministério do Trabalho e a que tem apoio dos empresários (PL 4302/98) não vão conseguir diminuir os conflitos do setor.
Pastore defendeu uma nova lei cujos pontos principais sejam, ao mesmo tempo, a proteção social dos trabalhadores e o equilíbrio entre a empresa que contata a terceirização e a que oferece o serviço.
"A terceirização é uma parceria em que as duas partes ganham, assumem riscos, têm custos, responsabilidades e benefícios. Qualquer regulação que induza o desequilíbrio nessas relações vai conspirar contra a parceria", argumentou Pastore.
O sociólogo defendeu a aprovação, na Câmara, do PL 6832/10, do deputado Paulo Delgado (PT-MG) e, no Senado, do PLS 187/10, do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Segundo ele, as duas propostas caminham na linha de harmonizar as relações entre as empresas, sem perder de vista o trabalhador. "Estamos melhores do que ontem porque temos dois projetos que já estão adiante e deixaram para trás outras propostas que não fazem jus", afirmou.
Os textos têm a simpatia do empresariado, segundo o gerente-executivo de relações do trabalho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Emerson Casali, e o vice-presidente da Federação.
Reportagem - Carol Siqueira
Edição - Wilson Silveira