Educadores: Dilma deve manter políticas de Lula para o ensino
31/10/2010 - 20:21
Educadores estão esperançosos de que, com a vitória de Dilma Rousseff na eleição para a Presidência da República, iniciativas do atual governo tenham continuidade. Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo e professora da Universidade Federal do Paraná, Andréa Gouveia destaca a importância de o governo seguir tratando a educação a partir de um diálogo com a sociedade, como aconteceu, segundo ela, nos últimos oito anos.
"As propostas de Dilma incluem coisas interessantes, como os compromissos de ampliação dos investimentos no setor; de expansão da educação superior pública com aumento das vagas; e de incorporação, à agenda nacional, do debate sobre o ensino infantil, que era especificamente municipal", avalia.
O professor emérito da Universidade de Campinas (Unicamp) Dermeval Saviani concorda, mas vê com ressalvas a ênfase no ensino técnico dada durante a campanha: "Isso é positivo na medida em que se articule a formação técnica com a básica de nível médio e que se aprimore a formação profissional. Porém, seria negativo haver uma excessiva ênfase na profissionalização do ensino médio, que não pode se limitar à formação profissional."
Qualificação
Em seu programa de governo, Dilma Rousseff também prometeu continuar a ampliação e qualificação do ensino superior, com mais universidades públicas. Ela disse que iria estimular as pesquisas e o fortalecimento da pós-gradução, além de potencializar o Programa Universidade para Todos (ProUni).
Na campanha, ela propôs a construção de 6 mil creches e pré-escolas e de 10 mil quadras esportivas cobertas. Entre as propostas, está a valorização dos professores por meio de parcerias entre a União, os estados e os municípios.
Reportagem – Ana Raquel Macedo/Rádio Câmara
Edição – João Pitella Junior