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Grupo quer médico com diploma cubano no combate à dengue

08/04/2008 - 21:25  

Diante da epidemia de dengue no Rio de Janeiro e da falta de médicos em milhares de municípios do País, o Grupo Parlamentar Brasil-Cuba cobra agilidade na edição da resolução que unifica os critérios para que as universidades brasileiras revalidem os diplomas de cerca de 230 médicos brasileiros graduados em Cuba. A questão é analisada por um grupo de trabalho com integrantes dos ministérios da Educação; Saúde; e Relações Exteriores.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, até esta terça-feira foram registrados cerca de 41 mil casos de dengue no município. Somente nos últimos três dias, foram contabilizados mais de dois mil novos casos.

Tratados de cooperação
A presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Cuba, deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), defende a conclusão urgente dos trabalhos do grupo interministerial e a aprovação, na Câmara, de projetos que estabeleçam um acordo de cooperação cultural e educacional entre os governos dos dois países.

Para a deputada, a situação da saúde brasileira é preocupante, pois faltam médicos. "De acordo com dados oficiais do governo, mil municípios, dos pouco mais de cinco mil do País, têm uma presença precária de médicos. E mais de 300 sequer médico têm; os médicos só vão para lá de forma esporádica", afirmou. Por isso, segundo ela, é necessário permitir que o poder público faça convênios com os profissionais jovens formados em Cuba, porque eles são preparados para trabalhar nas regiões onde faltam médicos.

Exames de proficiência
O Conselho Federal de Medicina (CFM) é contra a revalidação dos diplomas cubanos. O 1º vice-presidente do CFM, Roberto D´Ávila, lembrou que os médicos formados em outros países precisam passar por análises curriculares do curso, além de serem submetidos a exames de proficiência em universidades federais brasileiras antes de exercerem a profissão no Brasil.

"Todos os estrangeiros de qualquer país e qualquer brasileiro formado em qualquer país têm direito a trabalhar no Brasil desde que se submetam a essas regras. Resolve-se facilmente esse problema com um tratamento único para todos os estrangeiros e brasileiros formados no exterior. O povo brasileiro merece um único tipo de assistência, de qualidade; nós não abrimos mão disso e vamos continuar defendendo esse ponto de vista", afirmou.

De acordo com o Ministério da Saúde, as decisões do grupo interministerial estão sendo analisadas em conjunto com entidades médicas para resolver o problema da melhor forma possível.

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Da Rádio Câmara
Edição - João Pitella Junior

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