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O SR. PAULO RAMOS (Bloco/PDT - RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, dizem que a mentira tem pernas curtas, e o que estamos percebendo é que o Governo não quer assumir a verdade. O Presidente da República cita uma expressão bíblica: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará".
Por que será então que o Governo não assume que, na tentativa de aprovar uma criminosa reforma da Previdência, que aniquila direitos, penaliza todos os trabalhadores, penaliza servidores públicos; por que o Governo não assume que, no esforço para aprovar essa nefasta reforma, está traindo aquilo mesmo que vinha afirmando, a nova política: "Vamos acabar com o 'toma lá, dá cá'"?
Nós, na convivência aqui no plenário e nas Comissões, sabemos, porque a convivência faz com que os próprios Parlamentares da base do Governo, em homenagem a uma intimidade natural, revelem. O Governo está efetivamente assumindo o compromisso de liberar as emendas parlamentares para os Parlamentares que votarem favoravelmente à reforma da Previdência. E mais: com ágio. Ainda há promessas de mais recursos. Nós sabemos que isso é verdade. Os destinatários confessam, revelam.
Sr. Presidente, eu concluo dizendo o seguinte: o povo brasileiro não vai ser enganado. Aqueles que estão no exercício do mandato e que pensam que vão se ocultar ou vão ocultar o posicionamento, vão esconder da população o voto, estão completamente enganados.
O Sr. Rogério Marinho já pagou um preço. Outros também pagaram. Então, vamos ver quem vai ter... Em praça pública, em todas as cidades ou nas maiores capitais, certamente haverá o painel com o nome de todos os Parlamentares do Estado, para dizer como cada um votou. Vamos ver se a verdade prevalecerá, e a verdade que prevalecerá é a rejeição a essa reforma, porque a pressão popular vai ser muito grande.
Peço a V.Exa. que registre meu pronunciamento em todos os meios de comunicação da Casa.
Muito obrigado, Sr. Presidente.