CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ

Sessão: 195.2019 Hora: 13:48 Fase: OD
Orador: PAULO RAMOS, PDT-RJ Data: 12/07/2019

O SR. PAULO RAMOS (PDT - RJ. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu trago aqui uma publicação das entidades patronais que apoiam essa maldita reforma, feita em todos os mais importantes jornais do País na última quarta-feira. São quase 170 entidades da indústria, do comércio e de serviços, incluindo os bancos. E aí vem uma publicação da FIESP e do CIESP dizendo que a reforma, esse perverso ajuste fiscal, não é uma questão ideológica, é uma questão matemática.

Que é uma questão matemática, eu concordo com isso, mas é ideológica. A matemática multiplica os lucros e subtrai direitos da classe trabalhadora. Aliás, não subtrai, rouba os direitos da classe trabalhadora. Mas os bancos e os filiados da FIESP estão tendo grandes vantagens. É por isso que eles apoiam. E aqui também estão os grandes anunciantes que patrocinam a mídia dominante, que também defende essa reforma - e já houve a confissão no sentido de que não é uma reforma, é um ajuste fiscal.

E aí, Sr. Presidente, vem uma publicação que reforça aquilo que esses patrocinadores desse crime contra a classe trabalhadora e contra os servidores públicos praticam. Está aqui, Sr. Presidente: "Previdência. Governo libera emendas, agrada ruralistas e evangélicos". Isso é uma desmoralização para esta Casa, para a bancada ruralista e para a bancada evangélica. É uma desmoralização dizer que o Governo está comprando as consciências, está comprando votos.

O que pretende o PDT, Sr. Presidente, com esse destaque? Pelo menos, para aqueles que já são contribuintes, para o Regime Geral e para os regimes próprios, há uma expectativa de direito: garantir uma transição menos dramática para aqueles que já estão no serviço público e para aqueles que já estão contribuindo para a Previdência Social. É claro que é uma redução de danos, mas não retira do Presidente da República a pecha de traidor, porque os agentes da segurança pública no nosso País poderiam não aspirar a conquistas de direito, mas não acreditavam na perda de direitos.

Votar esse destaque significa fazer justiça a todos os servidores públicos e a todos aqueles que já estão no Regime Próprio da Previdência Social. Bolsonaro não perderá a pecha de traidor, colocada na sua testa pelos profissionais da segurança pública.

Contra a banca, o PDT pede o voto "sim".